Polícia Federal pediu à Justiça e ao Ministério Público o seu afastamento da chefia da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
Por suspeita de envolvimento em uma fraude que pode chegar a R$ 300 milhões, a Polícia Federal pediu à Justiça e ao Ministério Público o afastamento da chefe da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a ex-deputada pelo Lucia Helena de Carvalho (PT-DF), informa o jornal Folha de S.Paulo neste sábado. Ela é acusada de “patrocinar interesses privados” e de assinar “documentos que balizaram a demarcação comprovadamente fraudulenta” de um terreno da União. Segundo a Folha, na semana passada, Lucia Helena foi indiciada ao lado de outros funcionários do SPU e de órgãos públicos por cindo crimes, incluindo fraude, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Eles são acusados de fraudarem um laudo técnico que, em 2008, repassou uma área extra de 344 hectares do terreno para posseiros e ao espólio dos proprietários da área, originalmente vendida na época da construção de Brasília. Segundo a PF, os laudos técnicos elaborados pela SPU para justificar a venda do terreno, avaliado em R$ 300 milhões, eram irregulares e continham erros na medição feita por técnicos privados. Também teriam sidos usados documentos fraudados com timbres oficiais do governo. Segundo a Folha, Lucia Helena nega ter cometido qualquer irregularidade e diz que as decisões foram respaldadas pela Advocacia-Geral da União e por técnicos da pasta.