IRRESPONSABILIDADE ‘Fomos vítimas do que combatemos’

Motorista embriagado mata sargento da Polícia Militar
Bruno Cassiano
SANDRO ARAÚJO

Viúva é amparada ao acompanhar o cortejo de Boaventura

Um policial militar morreu, ontem (14), após um acidente envolvendo uma viatura do Batalhão de Trânsito e um carro, no início da W3 Norte. O sargento Marcos Antônio Duarte Boaventura, de 50 anos, que segundo testemunhas, estava no banco do passageiro morreu na hora. O policial que dirigia a viatura foi socorrido em estado de choque pelos bombeiros e levado para o Hospital de Base do DF, mas já teve alta.

O motorista que dirigia o outro veículo não se feriu. Ele realizou o teste do bafômetro que acusou 0.17 ml de álcool no sangue. O condutor foi autuado e teve a carteira de habilitação apreendida. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 2ª Delegacia de Polícia, e somente após a conclusão do laudo da perícia, que indicará como ocorreu o acidente, o condutor poderá ser preso. “O motorista não estava embriagado para configurar crime, pois o resultado do exame etílico foi de 0,17 mg/l, ou seja, abaixo do exigido pela lei que é de 0,34 mg/l”, pontuou nota da PCDF.

Os policias acreditam que a viatura seguia reto pela W3 sentindo Norte, quando foi atingida na lateral quando o carro tentava cruzar a pista. A viatura da PM que se envolveu no acidente estava com os pneus carecas. Em nota, a corporação afirmou que “as viaturas passam por revisões periódicas de acordo com a quilometragem.”

DESPEDIDA

O sargento Boaventura foi enterrado, ontem, no cemitério de Sobradinho, sob honras militares. O comandante geral da PM, Anderson Mota, também participou do velório. Além dele, centenas de pessoas, entre amigos da corporação e familiares participaram do enterro do policial morto no acidente com a viatura. Para o tenente Márcio Coutinho, do BPTran, companheiro de trabalho, a vítima era um “bom profissional”. “Ele era amigos de todos no quartel”, detalha. Segundo ele, a perda não será apenas para a PM, mas para a sociedade.

Para Coutinho, as leis brasileiras são brandas, pois todos fazem o proibido sabendo que ficarão impunes. “Fomos vítimas do que combatemos. Uma pessoa que bebeu, conduziu um veículo que provocou o acidente”, conclui.

Fonte: Jornal Alô

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