O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados elegeu nesta terça-feira (24/4) um novo relator para o processo que pede a cassação do deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Adilton Sachetti (PRB-MT) foi escolhido pela presidência do colegiado após a desistência de Benjamim Maranhão (SD-MA), primeiro selecionado para analisar o caso, e de Thiago Peixoto (PSD-GO), que também compunha a lista tríplice.

Fraga enfrenta uma representação protocolada pelo PSol. O partido pede a perda de mandado por ele ter compartilhado, em suas redes sociais, notícias falsas sobre a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 14 de março.

Depois de Maranhão e de Peixoto desistirem, Léo de Brito (PT-AC) foi sorteado para o lugar do goiano, mas não foi eleito pelo presidente Elmar Nascimento (DEM-BA) para a elaboração do parecer.O relator terá agora 10 dias para apresentar parecer preliminar pedindo a continuidade ou o arquivamento do processo. Se aprovado, terá mais 40 dias para fazer as diligências. Um documento final, atestando a inocência ou oferecendo punição ao congressista, será então votado pelos membros do Conselho.

Para o PSol, “o conteúdo [das postagens] não guarda qualquer relação com a função de deputado, portanto não incide a imunidade prevista na Constituição Federal”. O partido afirma ainda que, apesar de ter se justificado no mesmo dia da publicação, Fraga não demonstrou arrependimento. “Ele excluiu seus comentários em razão do repúdio popular expressado por meio das redes sociais”, diz o documento.