Sebrae-DF garante a base do empreendedorismo no DF

2014 foi marcado por uma arrancada de promoção comercial com a atuação da instituição nas micro e de pequenas empresas. A execução de grandes eventos tiveram forte impacto na economia do DF, e serão repetidos, de forma a estimular os empreendedores candangos
DAISE LISBOA

valdiroliveiraSebraeO Diretor-Superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira, foi reeleito para o cargo, e terá mais quatro anos (de 2015 a 2018) para executar novas ações que vão beneficiar o empreendedor do DF. Cearense de Fortaleza, está em Brasília há 33 anos e tem dedicado sua experiência para incentivar o empreendedorismo na cidade, de forma que o resultado favoreça a economia da capital federal.
Valdir Oliveira diz que 2014 foi um ano de recordes de atendimento, de capacitação, de novas consultorias e que pretende em 2015 quebrar todos esses recordes. Afirma que esse é um compromisso assumido por ele e que toda a equipe do Sebrae está pronta para quebrar esses recordes, ampliando os resultados de 2014.

O DF é propício para empreendedores?
Sem dúvida. A taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas do DF é uma das maiores do país: 80%, enquanto que a média nacional é de 75%. Os dois primeiros anos são os mais difíceis. Temos um mercado muito propício para que se montem negócios. Temos um comércio e serviços muito forte, em função do nosso consumo privilegiado, de uma renda per capita e uma indústria que nos trazem grandes oportunidades.

Que ações são feitas pela entidade?
Este ano queremos fazer um grande movimento com seis grandes eventos. De 25 a 27 de fevereiro encontro de capacitação de franquias no DF, para capacitar três mil empreendedores em três dias. Em abril faremos a semana da formalização de empregos individuais em 19 regiões administrativas. Queremos trabalhar em formalização e capacitação individual, atendendo nove mil pessoas em cinco dias. De maio a julho teremos o Brasil original e estaremos nos dois grandes shoppings do DF fazendo uma exposição de 250 artesãos com seus trabalhos e a nossa iconografia – que são as marcas do DF, como croquis do Plano Piloto: as tesourinhas, a Caixa D’Água da Ceilândia e o relógio de Taguatinga, entre outros. Queremos vender os produtos de qualidade desses artesãos, mas que possamos também vender a marca de Brasília.

O que mais?
Em agosto teremos a Feira do Empreendedor. É um grande momento de fomento do empreendedorismo que vamos fazer, mas que pela primeira vez na história vamos tirar do circuito do Plano Piloto. Vamos atender a 25 mil pessoas em cinco dias. Em setembro teremos outro grande evento, o Fomenta. Vamos preparar um mil empreendedores individuais para que eles possam entrar em licitações de compras governamentais. Fecharemos os nossos eventos em outubro, com o Alimenta, que será uma grande feira voltada para a indústria da alimentação e a gastronomia, segmentos que envolvem em postos de trabalho direto e indireto, cerca de 400 mil pessoas só no DF. Esses grandes eventos já foram realizados em épocas diferentes, só que agora queremos impactar, realizando todos em um só ano. Nossa ideia é passar uma mensagem de otimismo ao empreendedor e mostrar a ele o que o Sebrae-DF pode oferecer a esse público.

O Sebrae-DF trabalha com parceria?
Sim. Para alcançarmos tudo o que prevemos, só podemos conseguir porque temos um grande exército de aproximadamente um mil especialistas envolvidos nisso que são consultores do Sebrae, que são agentes locais de inovação, são agentes e que são parceiros que estão no setor produtivo e nas universidades. Trabalhamos muito essas duas parcerias e ainda o governo do DF que tem sido um grande parceiro do Sebrae e vai continuar sendo. O governador Rodrigo Rollemberg participou esteve presente em nossa posse, quando ele reafirmou o interesse de continuar essa parceria e que vai nos dar grandes condições de preparar o ambiente e fomentar o empreendedorismo no DF. Acreditamos que o momento é extremamente propício para o empreendedorismo, porque um novo governo sempre traz esperanças.

Quais são os ramos que os empreendedores do DF mais procuram?
O comércio e os serviços são os mais impactantes da nossa economia. É a maior participação do nosso PIB. Naturalmente é onde estão as maiores oportunidades de negócios do DF. O que vale para o empreendedor é a sua vocação, ele tem de ter uma empatia com o negócio que faz. Nossa recomendação é que ele dê dois passos: o primeiro é que se identifique enquanto vocação e que, portanto, possa se identificar naquilo que se sinta feliz e tenha aptidão para trabalhar. O segundo é que conheça o mercado em que vai se inserir. A partir daí as suas chances são enormes.

Quantos micro e pequenos empreendedores o DF possui hoje?
Temos aproximadamente 130 mil empresas entre micro e pequenos empresários. O crescimento de empreendedores individuais tem sido grande. Desse número devemos ter aproximadamente 80 mil empreendedores individuais que vão se tornar a maior base de clientes do Sebrae, que são informais e vão se tornar formais. O Sebrae-DF tem uma atuação muito forte de empreendedores individuais.

Qual é a importância do Sebrae para o setor produtivo do DF?
Ele é o grande instrumento do setor produtivo. Instrumento de capacitação, consultoria e de preparação para o empreendedorismo. A relação da instituição com o setor produtivo é simbiótica. Somos praticamente uma única célula. E com certeza o setor produtivo precisa muito do Sebrae, porque aí está a solução e a sobrevivência para as micro e pequenas empresas que são os grandes geradores de postos de trabalho. Enxergamos o setor produtivo como um grande parceiro e fundamental e vital para que o Sebrae possa exercer a sua missão. Eu disse ao governador, na nossa posse, que o recado que dávamos ao governo é : acredite no setor produtivo. Confie em nossas micro e pequenas empresas. Apostar nelas é apostar no desenvolvimento do DF.

Tem espaço para indústria?
Sem dúvida. Só que tem de haver um direcionamento para que tipo de indústria e onde vai se instalar. Esse modelo de indústria de chão da década de 1970, não é único. Temos uma grande esperança de que o Parque Tecnológico seja instalado, o que trará para Brasília uma nova vertente, um novo viés para o desenvolvimento da indústria de TI que tem um potencial.

Se tivesse que dar um conselho para uma pessoa que pretende abrir um negócio hoje no DF, diria para apostar em qual área?
Se prepare. É muito importante, pois não basta ter vontade. Tem de ter vontade, mas tem de fazer. Temos de nos arrepender das coisas que fizemos e nunca das que não fizemos. Se você tem o sonho de montar um negócio, monte, mas se prepare antes, e de que forma? Primeiro identifique a sua vocação. O que tem prazer em fazer e qual a sua aptidão? O segundo conselho é: procure conhecer o mercado ao qual você está se inserido, conheça os fornecedores, os clientes, seus concorrentes. Se você fizer essas duas coisas, você tem grandes chances de ter sucesso.

Brasília é tida como a cidade do funcionalismo público. Que atributo um profissional precisa ter para trocar um concurso por um empreendimento privado?
Na verdade, ser empreendedor é um perfil que vem da pessoa. No DF há vida além do estado. A pessoa não precisa apenas se preparar para um concurso público. Não é o emprego público que vai garantir única e exclusivamente durante a sua vida possibilidades de empresas e negócios. O nosso lema é: você quer emprego, crie um, é fácil, não precisa fazer concurso. Os nossos jovens precisam conhecer isso. Procurem o Sebrae. Temos instrumentos prontos para oferecer para que ele tenha condições de fazer essa análise e se preparar melhor. Pretendemos, nos próximos quatro anos, atender a mais de de 200 mil micro e pequenas empresas, com produtos e soluções, e colocar mais de 300 mil pessoas em sala de aula para se capacitarem. E o principal: realizar mais de 500 mil horas de consultoria para os pequenos negócios. Esse é o nosso compromisso e com isso acreditamos que vamos fazer um grande movimento de transformação da nossa economia.

 

Fonte: Jornal da Comunidade

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