SINPOL divulga Nota de Repúdio

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O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal vem a público manifestar repúdio à ação desproporcional dos policiais militares do DF no incidente noticiado pelo Portal Globo, na editoria do DF (G1 DF), sob o título “Policial aposentado é detido suspeito de ameaçar família em parque no DF”.
A equipe policial militar fora acionada para uma ocorrência de suposta injúria perpetrada por um policial civil aposentado, conforme alegação de uma das partes. No entanto, não consta que os policiais militares tenham testemunhado o incidente, o que descaracteriza qualquer situação flagrancial que justificasse a prisão ou condução coercitiva do envolvido em viatura policial. O policial civil aposentado em nenhum momento negou-se a fornecer dados pessoais ou comparecer à delegacia, em veículo próprio, para registro do boletim de ocorrência. Ressalte-se ademais que, naquele momento, estava aos cuidados do policial civil seu filho menor, uma criança de apenas sete anos de idade. A insistência dos militares para conduzi-los em viatura ostensiva, além de causar constrangimentos desnecessários, sobretudo a uma criança, colaborou para que a incidente tomasse proporções indesejadas, culminando com agressões e desrespeito mútuos entre policiais de diferentes corporações.
O Sinpol-DF esclarece ainda que o porte de arma é uma prerrogativa do policial civil, mesmo quando aposentado; porém, não há registro de que o policial civil tenha feito uso do seu armamento neste episódio. É digno de nota que o referido aposentado foi colocado à força no cubículo da viatura PM ainda portando sua arma de forma velada, o que demonstra para todos os efeitos que os policiais militares sequer sabiam da existência daquela arma.
Embora não tenha sido noticiado pela imprensa, todo incidente começou quando o referido casal foi advertido por um cidadão – no caso, também policia civil – que reprovou a conduta do casal quando este fazia uso indevido de um brinquedo projetado exclusivamente para crianças. A atitude do policial civil – que na falta de definição melhor poderia ser considerada como “excesso de zelo pelo bem público”–, causou uma reação agressiva por parte do casal, que passou a confrontá-lo. A partir daí iniciou-se uma discussão acalorada, que terminou em agressões verbais mútuas.
Com a cobertura parcial e tendenciosa da imprensa, o comentarista de segurança pública da emissora passou a emitir uma opinião completamente desconectada da realidade e dos fatos, fazendo uma série de ilações sobre a personalidade, a vocação profissional, a sanidade física e mental do policial civil aposentado, exumando com isso velhos preconceitos contra a classe policial, já tão desacreditada em nosso meio. Se a presunção de inocência, o direito à ampla defesa e ao contraditório são garantias fundamentais de qualquer ordem democrática, esses benefícios parecem sempre indisponíveis para os policiais. De nada adianta a matéria jornalística relatar o incidente usando termos como “suposto” e “suspeito”, se em seguida passa a tratar o indivíduo como se condenado estivesse.
Por tudo isso, o Sinpol/DF manifesta seu rechaço à ação intempestiva dos policiais militares e à cobertura parcial e tendenciosa da imprensa, que distorceu os fatos de forma absolutamente sensacionalista, maculando a honra e a imagem não só do policial envolvido, mas de toda uma categoria profissional.
Fonte: http://sinpoldf.com.br/noticias/nota-de-repudio-3/

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