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    17 RAZÕES PARA QUE SE INVESTIGUE AUGUSTO CARVALHO

    O Deputado Federal Augusto Carvalho sempre foi um excelente estilingueiro. Adorava jogar pedras nos telhados alheios. Quando assumiu a Secretaria de Saúde do Distrito Federal perdeu a pose e passou a evitar jornalistas, criticar a Defensoria Pública e o Ministério Público, órgãos que sempre procurou para entregar as denúncias de malversação do dinheiro público. A transformação de Augusto Carvalho foi impressionante, de paladino da moralidade à aliado de José Roberto Arruda, governador que já havia renunciado ao mandato de senador por envolvimento em atos ilícitos, e cuja reputação não podia ser chamada de ilibada.
    O governador José Roberto Arruda foi pilhado em atos de corrupção, virou o símbolo do que pior existe em nossa sociedade. Em algumas gravações e filmagens, o nome do Deputado Augusto Carvalho surgiu como beneficiário de um poderoso esquema de corrupção na saúde pública. Não se fala de corrupção em obras, mas de desvio de dinheiro público destinado à saúde. Em sua gestão, desastroza gestão, muitas vezes se ouviu notícias de pessoas que morreram sem atendimento médico, por falta de remédios, leitos de UTI’s, enfim, por falta de estrutura e organização gerencial. As gravações são duras, se vê os corruptos dizendo que a ganância de Augusto e Fernando Antunes eram desproporcionais.
    Os corruptos diziam que a saúde estava problemática, pois o roubo estava excessivo. Ainda não surgiram provas contundentes e irrefutáveis contra Augusto Carvalho e sua turma. Por enquanto só suspeitas. No passado suspeitas eram suficientes para que Augusto Carvalho elevasse o tom de voz e assumisse a postura de defensor da ética, mas agora o telhado lhe pertence e o discursso mudou substancialmente.
    Ainda que não constituam provas cabais, indícios existem sobre a existência de atos ilícitos na Secretaria de Saúde, que, no mínimo, o descredenciariam na defesa da ética.
    Augusto Carvalho tinha na pessoa de João Luiz Arantes um fiel escudeiro. Arantes foi subsecretário de saúde de Augusto Carvalho. João Luiz foi filmado recebendo sua cota-parte na corrupção. João Luiz Arantes, além de subsecretário de Augusto, ocupou o cargo de Diretor do Hospital Regional da Asa Norte. João foi pilhado roubando e Augusto Carvalho, outrora defensor da moralidade, quedou-se calado. Nada disse, nada comentou, apenas se escondeu.
    Indício 1.
    Augusto Carvalho, em passado recente, apresentou à imprensa e à sociedade, kits de UTI usados como sendo novos. Mentiu e depois de pego na mentira ficou calado. Apenas acusou o digno Promotor de Justiça Jairo Bisol de perseguição política.
    Indício 2.
    Augusto Carvalho foi objeto de inúmeras reportagens que mencionavam a falta de UTI’s, remédios, cirurgias etc. A Defensoria Pública sistematicamente ia aos meios de comunicação denunciar o genocídio em curso no DF. Qual a reação de Augusto Carvalho, perseguir o Defensor Público André de Moura até que em conluio com o subdiretor da defensoria público, do secretário de justiça e do governador exonerou o defensor da coordenação do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública.
    Indício 3.
    Augusto Carvalho era secretário de saúde e, por isso, tinha direito ao uso de carros oficiais. Sua filha foi flagrada sendo conduzida à escola em carro oficial. Um desvio ético de monta, ainda que aos olhos desavisados possa parecer pequeno. Augusto Carvalho disse que foi apenas uma vez. Eurides Brito também disse que recebeu propina apenas uma vez. Arruda copiou o discursso. Indício 4.
    Augusto Carvalho nomeou Fernando Antunes como secretário adjunto de saúde do DF. Fernando Antunes é o presidente do PPS, partido de Augusto, e foi eleito com a significativa ajuda de Augusto Carvalho. Quando da nomeação, Fernando Antunes já havia sido condenado em duas instâncias por desvio de dinheiro em condomínio em que exerceu a função de síndico. O valor desviado, quase duzentos e cinquenta mil reais. Augusto sabia, ou não checou a vida de seu assessor, hoje acusado de ser o operador do esquema de corrupção na saúde pública no DF. Indício 5.
    Augusto Carvalho foi citado em conversa envolvendo a empresária Nerci Buarsunta, diretora da UNIREPRO. Várias denúncias pipocavam aqui e acolá de que tais contratos eram superfaturados, mas AUgusto Carvalho não tomou nenhuma providência.
    Indício 6.
    Augusto Carvalho recebeu doações para campanha de 2006 de pessoas ligadas ao portal Contas Abertas do qual é fundador e presidente emérito. No mínimo, receber dinheiro de tais pessoas levanta dúvidas de ordem moral no recebimento de tais quantias.
    Indício 7.
    Augusto Carvalho privilegiou o Hospital Amchieta em diversas oportunidades. O Hospital era o preferido para internações decorrentes de ordens judiciais. O dono do hospital é natural de Patos de Minas, mesma cidade de Augusto Carvalho, e são amigos íntimos. O Hospital Anchieta efetuou, inclusive, doações para a campanha de Augusto Carvalho em 2006.
    Indício 8.
    Augusto Carvalho escolheu Florêncio Figueiredo para ser seu subsecretário de saúde. Florêncio em curto espaço de tempo passou a responder perante a 1º Vara de Fazenda Pública do DF ação de improbidade administrativa movida pela culta Promotora de Justiça Cátia Gisele. A acusação, desmandos no setor de hematologia.
    Indício 9.
    Augusto Carvalho perseguiu diversos médicos, em especial do setor de hematologia do Hospital de Base do Distrito Federal (Dra. Jussara, em especial), pois estes denunciavam a destruição do setor de hematologia.
    Indício 10.
    Augusto Carvalho desobedeceu diversas ordens judiciais que determinavam o fornecimento de medicamentos, tratamento s einternações em leitos de UTI. Chegou a ser penalizado com a imposição de multa pessoal, diante da persistente recalcitrância em cumprir decisões judiciais. Indício 11.
    Augusto Carvalho é do PPS e compôs a base aliada de José Roberto Arruda. Deixou a secretaria de saúde quando o escândalo veio a publico. No entanto, o seu partido, PPS, continua auxiliando Arruda, impedindo o avanço das investigações e a tramitação do processo de impedimento. Augusto Carvalho se silencia sobre a corrupção no DF.
    Indício 12.
    Augusto Carvalho foi objeto de diversos questionamentos ao longo de 2009. A Câmara Legislativa instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as irregularidades na pasta que gerenciava. Juntamento com José Roberto Arruda e Fernando Antunes conseguiram sabotar e matar a CPI. Hoje, depois da descoberta pública do mensalão do DEM, já se sabe como o apoio político era conquistado pelo governo.
    Indício 13.
    Augusto Carvalho procedeu a contratação da Real Sociedade Espanhola para gerenciar o Hospital de Santa Maria. O contrato foi realizado sem licitação e é objeto de questionamento pela Promotora de Justiça Cátia Gisele e pela Promotora junto ao Tribunal de Contas, Claudia Fernanda.
    Indício 14.
    Augusto Carvalho contratou, sem licitação, empresa de Anápolis para realização de esterilização com óxido de etileno. Custo mensal de quinhentos mil. O contrato emergencial foi subscrito por Fernando Antunes.
    Indício 15.
    Augusto Carvalho e o empresário Renato Malcotti foram relacionados nos últimos dias devido a um das dezenas de vídeos comprometedores gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa. Na gravação, Durval diz a Malcotti que Augusto também receberia propina e que seu ex-subsecretário da Saúde, Fernando Antunes, cobraria preços altos pelos contratos firmados pela Secretaria.
    Indício 15.
    Augusto Carvalho recebeu doação para a campanha de 2006 proveniente de RODRIGO ITAJAHY MALCOTTI, filho de Renato Malcotti. Rodrigo trabalhou no gabinente de Augusto Carvalho, quando este foi deputado distrital.
    Indício 16.
    Augusto Carvalho indicou Rodrigo Malcotti para ser integrante da Comissão de Licitação da Câmara legislativa, sendo que este ocupou o posto em nomeação feita pelo deputado distrital Raimundo Ribeiro, amigo pessoal e ex-assessor de Arruda e atual Corregedor da CLDF.
    Indício 17.
    São, portanto, 17 indícios que justificam a investigação rigorosa acerca dos atos promovidos por Augusto Carvalho, Fernando Antunes, Florêncio Figueiredo, Tânia Torres e João Luiz Arantes na gestão de 2009 da Secretaria de Saúde.

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