E ele chegou lá: muito paparicado, assediado e risonho (enquanto durar o governo do DEM). O secretário de Governo do DF, José Humberto, é um homem acostumado a mandar (principalmente quando era dono de supermercado) e não gosta de ouvir. E por não ter experiência política, tem provocado derrotas e constrangimentos ao governador José Roberto Arrruda. A experiência política de Zé Humberto se diz respeito ao tempo em que foi administrador regional de Taguatinga – com passagem medíocre – e depois, um dos coordenadores da campanha de Arruda. E só. Não conhece bastidores e nem se lembra dos aliados que trabalharam muito para a eleição do governador Arruda. Pior: ainda maltrata, despreza e humilha companheiros que fizeram campanha. O resultado está aí: Arruda derrapa nas pesquisas. Enquanto isso, a violência cresceu, a saúde continua na UTI e o transporte público só piorou. Arruda desprezou pessoas experientes para dar lugar (e cargos) à pessoas que só lhe dizem sim, mas que não tem ideias próprias nem sintonia política com a Câmara Legislativa. E mais: dia desses, um assessor de Zé Humberto me disse que o secretário não tem a “obrigação” de dar retorno. Tem sim. Cabe ao secretário de Governo ouvir, conciliar, evitar crises, pacificar interesses e saber que representa o governador em suas palavras e ações. Já passou da hora de Arruda colocar alguém com perfil político de verdade na secretaria de governo. Um “gerentão” só funciona com a Dilma. E como costuma afirmar o ex secretário de Governo, ex deputado distrital e Conselheiro aposentado do TCDF, Maurilio Silva: “o governo Arruda não tem consideração por quem o ajudou a chegar lá. E pior: tem duas caras: uma, antes das eleições, e outra, ao assumir o mandato. Arruda nunca foi homem de cumprir acordo, e isso vem do tempo em que eu era líder do governo Roriz na Câmara Legislativa, e Arruda, secretário de Governo”. E olha que Maurilio foi candidato pelo PMDB em 2006 e deu mais de quatro mil votos para o candidato Arruda. Resta saber se a prepotência de Zé Humberto permitirá a tentativa de mudança (e consequente acerto) no governo do DEM. E o goveno ainda reclama da base governista…