O pai conta que tinha um acordo com a mãe e que eles tinham a guarda compartilhada da criança.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco
Mulheres suspeitas de matar e esquartejar menino de 9 anos no DF — Foto: Divulgação PC/DF
Após quase 5 anos, o servidor público Rodrigo Oliveira, de 29 anos, viaja na noite deste sábado (1º) a Brasília para buscar a filha de 8 anos, sequestrada pela mãe Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28, em dezembro de 2014.
Ela foi viu o pequeno Rhuan Maicon, de 9 anos, sendo morto e esquartejado, no Distrito Federal, na sexta-feira (31). A suspeita é de que a mãe do menino, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, tenha cometido o crime com a ajuda da companheira dela, Kacyla . As duas tinham fugido com as crianças no final de 2014.
Neste sábado (1º), a criança que presenciou o crime foi levada para o Instituto Médico Legal, onde passou por exames. Rodrigo teve a menina após se relacionar com a Kacyla, que havia casado com a mãe de Rhuan.
“A gente sente o pesar do Rhuan, mas ao mesmo tempo é o fim de uma luta de quase cinco anos. Foi um tempo muito difícil. Tudo que a gente podia fazer, fez. Mas, nós não tínhamos o controle das coisas. Deus escreve certo por linhas certas. A gente que, às vezes, não entende os propósitos dele”, conta o pai, que não vê a hora de reencontrar a filha.
Guarda compartilhada
O pai conta que tinha um acordo com a mãe e que eles tinham a guarda compartilhada da criança.
“Fizemos um acordo, como se fosse uma guarda compartilhada, mas ela foi embora com a menina de forma insensata, sem me comunicar nada. Quase cinco anos sem nenhum contato, nem um oi”, lamenta.
Quando a menina foi levada, Oliveira entrou com um processo na Vara da Infância para tentar localizar a filha. Sem sucesso. Junto com o avô de Rhuan, eles tentavam localizar as duas mulheres com as crianças, mas não conseguiam, porque elas estavam sempre trocando de cidade e estado.
“Por isso que era difícil encontrá-las. Suspeitava que elas estavam em Brasília, mas não tinha certeza que estavam por lá”, conta.
O pequeno Rhuan foi morto e esquartejado — Foto: Arquivo da família
Oliveira conta que a última vez que viu fotografias da filha foi em 2017, quando conseguiu localizar em uma rede social, por onde também fazia buscas constantes com a ajuda do avô de Rhuan, o eletricista, Francisco das Chagas, mais conhecido por Chaguinha.
Reencontro
A viagem de Oliveira deve marcar um reencontro emocionante com a filha. Ele diz que está em contato com o Conselho Tutelar e diz que não vê a hora de reencontrar a filha.
“A ansiedade é grande e estou sentindo um grande alívio por ter encontrado minha filha, apenas com o pesar de um garotinho ter sido assassinado. Por isso, não posso dizer que estou feliz totalmente”, expressa.
Além disso, o pai diz que sempre teve esperança de que um dia conseguiria encontrar a filha. “A gente sempre tinha esperança. Apesar de fazer muito tempo, tanto que a gente estava mexendo no processo para ver se saía alguma coisa”, diz.
Aliviado, ele diz que o reencontro vai acontecer graças a Deus que agiu para que esse momento acontecesse. “Deus resolveu polpar a vida da minha filha. Não sei porque, mas sou grato, Ele sabe o que faz”, conclui.