Nesta terça-feira (12), boa parte da mídia brasiliense deu grande destaque à midiática operação das polícias civil de GO e do DF para prender o empresário e ex-secretário-geral da Câmara Legislativa, Valério Neves.
Prontamente postei aqui que se tratava de armação contra Neves, reconhecido por ser conciliador, pai, marido e avô exemplar.
Pois bem. Agora o homem “considerado” testemunha-chave que levou Valério Neves para a prisão, o caseiro Edilson Francisco da Silva, 37 anos, registrou escritura pública em que veementemente nega ter falado sobre suposto mandante do crime ou dos autores dos assassinatos de Jorque Ramos e Roniel Alves.
O homem ainda negou ter declarado a uma terceira pessoa que Antônio e Reno praticaram os crimes. Ele também não confirmou que sua motocicleta tenha sido usada nos assassinatos. “A motocicleta, semelhante a supostamente utilizada no crime, foi furtada em meados de novembro de 2019, no município de Colinas do Sul, e somente foi recuperada em Niquelândia (GO), em julho de 2020”, diz trecho da escritura. Porém, no dia 13 de abril de 2022, em Alto Paraíso (GO), a testemunha foi ao cartório do município goiano registrar Escritura Pública Declaratória em que nega as afirmações que constam no depoimento à polícia.
A pirotecnia usada para prender e expor Valério, revela uma face quase oculta do uso policial para fins políticos. É preciso investigar o delegado goiano.
Espera-se que a Justiça liberte Valério o mais rápido possível. Esse é mais um caso onde se pune primeiro a pessoa para depois constatar que é inocente.
Cadê os direitos humanos?
Confira a escritura: