O ex-deputado distrital Junior Brunelli tinha o sonho de se tornar governador do DF, mas cometeu graves pecados pelo caminho e acabou sendo catapultado da vida pública após a deflagração, em novembro de 2009, da Operação Caixa de Pandora que estremeceu a cidade e que sepultou também a carreira política de José Roberto Arruda.
E mesmo após novo escândalo, quando chegou a ser preso, Brunelli sempre alardeou entre políticos desatentos no DF de que estava elegível.
Recentemente ele conseguiu iludir um experiente ex-secretário do GDF que virou candidato a deputado federal, ao afirmar que era candidatíssimo a deputado distrital nestas eleições. Mas a mentira durou pouco tempo. Ele foi condenado por improbidade administrativa e sentenciado à mais de 10 anos de prisão por peculato e formação de quadrilha.
Brunelli está inelegível de acordo com o artigo 1,I,l da LC número 64/90 (c.c CF, art. 14, Parágrafo 9), por ter contra si sentença condenatória confirmada por órgão colegiado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) à suspensão de direitos políticos por 10 (dez) anos por atos dolosos de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, consistente no recebimento de vantagem patrimonial indevida, dada sua condição de parlamentar para dar apoio político aos interesses do Poder Executivo do Distrito Federal que causou lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito.
Além disso, Brunelli foi condenado recentemente (14/8) no âmbito da Operação Hofini (recebeu esse nome em alusão ao sacerdote Hofini, que roubava dízimos e ofertas dos fiéis), conforme o Processo 0034026-85.2010.8.07.0007, por peculato e associação criminosa, a dez anos e nove meses de reclusão, a ser cumprido em regime inicial fechado. Ele pode recorrer em liberdade.
Em 2012, após dois anos de investigações, os policiais da Deco concluíram que Júnior Brunelli destinou R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares a projetos voltados para idosos, chamados “Corpo em forma, mente sadia 2009” e “Projeto Flor da Idade”. Mas, de acordo com a polícia, o dinheiro teria sido desviado por meio da Associação Monte das Oliveiras, empresas de fachada e notas fiscais adulteradas.
Definitivamente Brunelli não pode ser candidato. Ele já estava em campanha em igrejas e nas ruas como candidato do PTB a deputado distrital. Agora não dá mais.