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    Feninfra: Senado terá que analisar impactos negativos da Reforma Tributária para os serviços e evitar desemprego

    Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e
    Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, defende
    que sejam feitos estudos mais apurados para que não ocorra aumento de impostos

    A discussão da Reforma Tributária no Senado é uma chance de corrigir distorções que ocorreram na aprovação do projeto na Câmara, sobretudo no imposto sobre o consumo, que podem afetar negativamente o setor de serviços. A avaliação é da presidente da Feninfra, Vivien Mello Suruagy.

    “Estamos no escuro, não sabemos qual será a alíquota e setores com pouca empregabilidade foram incluídos em alíquotas reduzidas. É necessário mais informação para que possamos analisar melhor os impactos da criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nos moldes que foram aprovados na Câmara. Qual é o efeito sobre o preço e a renda? Uma certeza temos: com uma alíquota de no mínimo 25%, haverá aumento considerável da carga tributária do setor de serviços”, argumenta.

    “Esperamos que os senadores estejam atentos ao fato de que o aumento dos impostos pode elevar custos acima da capacidade de assimilação pelas empresas. Somente na área de representatividade da Feninfra, são 2,5 milhões de trabalhadores, e parcela expressiva desse contingente corre o risco de perder seus empregos”, complementa.

    A presidente da Feninfra ressalta que não há sentido em estabelecer uma reforma que prejudique o setor de serviços de telecomunicações e gere uma crise entre as empresas da área. “Das 10 maiores empregadoras brasileiras, três são de teleatendimento. Grande parte dos colaboradores são mulheres e muitos estão no seu primeiro emprego. O aumento dos tributos pode gerar um grave problema social”, ressalta.

    “Defendemos uma reforma tributária que atenue a carga, simplifique e desburocratize o processo de arrecadação e não gere aumento de carga para nenhum setor. Seria desastroso para a economia onerar uma atividade que é a maior empregadora do País, como a de serviços. Por isso, esperamos que os senadores tenham bom senso”, afirma.

    No dia 29 de junho, a Feninfra, em conjunto com outras instituições do setor de serviços e sindicatos de trabalhadores, pediu o adiamento da votação na Câmara do substitutivo da PEC 45/2019, que acabou aprovada, mesmo sem uma avaliação aprofundada de seus efeitos. “O Senado tem a chance, agora, de realizar uma análise mais detalhada, evitando aprovar uma reforma que acabe causando crise, fuga de capital e desemprego”, finaliza Vivien.

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