A senadora afirmou que em oito meses, houve um aumento de 300% nos casos de malária, em comparação ao total de casos de 2022.
“Os números são assustadores!”. A avaliação foi feita pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), durante seu discurso, nesta quinta-feira (14), no Plenário do Senado.
No discurso, a senadora denunciou o impressionante aumento do número de mortes e casos de malária entre os povos yanomamis. De acordo com Damares, vários parlamentares receberam um ofício da Associação Sanumá, sobre a situação do território indígena Yanomami, na região do pólo base de Auaris.
“A Associação aponta a desassistência que as comunidades indígenas da região tem sofrido, o que tem gerado uma série de mortes em todas as idades, dentre outras causas, por malária”, declarou.
Damares também apresentou a ata de reunião da sala de situação de emergência dos Yanomami, realizada no dia 18 de agosto deste ano, no Ministério dos Povos Indígenas. No documento, o representante da Secretaria Nacional de Saúde Indígena (SESAI), Lucas Felipe Carvalho, afirma que o número total de casos do ano passado já foi ultrapassado, chegando a 15.873, e que 48% desses óbitos são de crianças de até 4 anos de idade.
Aumento de mortes e divulgação paralisada
Na mesma ata, o representante da SESAI também informou que houve um aumento de 300% no número de casos de malária na região do polo base de Auaris. Além disso, o número de óbitos entre os Yanomamis, de janeiro a julho de 2023, já ultrapassa 157, sendo 33 só na região do polo base de Auaris.
A senadora denunciou também a suspensão do registro de casos de mortes de yanomamis no site do Ministério da Saúde. “A última divulgação ocorreu no final de julho”, destacou.
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