MAIS
    HomeBrasilO Brasil não aguenta mais três anos de juros altos, alerta presidente...

    O Brasil não aguenta mais três anos de juros altos, alerta presidente do Ciesp

     

    “As estimativas da Selic para o período de 2025 a 2027 são alarmantes para os setores produtivos”

    Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIiesp), manifesta sua preocupação com as projeções contidas no Boletim Focus do Banco Central desta segunda-feira (27/01), à véspera da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2025. “As estimativas do mercado permanecem em níveis absurdos para os próximos três anos: 15% em 2025, 12,50% em 2026 e 10,38% em 2027”, alerta.

    “Ao se confirmar essa previsão dos analistas, a economia brasileira sofrerá muito, pois ninguém consegue prosperar com juros tão altos durante tanto tempo”, ressalta Cervone. Ele também expressa preocupação com as perspectivas sobre a inflação para 2025, que apontam um índice de 5,50%. O centro da meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, um teto de 4,5%.

    “Embora seja fundamental controlar a inflação, é preciso enfatizar que a Selic muito alta, como temos enfrentado, afeta diretamente os setores produtivos e reduz a competitividade da indústria brasileira”, pondera o presidente do Ciesp. Para ele, o País ainda precisa encontrar um equilíbrio entre estabilidade monetária e crescimento sustentável do PIB. “É muito danoso para nossa economia continuar convivendo com um dos juros reais mais elevados do mundo”.

    Cervone manifesta sua expectativa de que as autoridades monetárias, na gestão de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central, encontrem um patamar mais equilibrado e civilizado para a taxa Selic. Ele reforça, ainda, a necessidade de que a política fiscal promova o ajuste das contas públicas, destacando que esse esforço deve ser compartilhado entre a União, os estados e os municípios.

    “Fica muito clara nessa questão dos juros e das políticas fiscal e monetária a urgência da continuidade das reformas estruturais. Assim, neste início de ano, é determinante que o Congresso Nacional retome a reforma administrativa, para que tenhamos um Estado menos oneroso e não indutor da inflação, mais produtivo, desburocratizado e eficiente no atendimento à sociedade”, conclui o presidente do Ciesp.

    ASSESSORIA DE IMPRENSA DO CIESP

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Deve ler