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    À queima-roupa: senador Cristovam Buarque (PDT)

     

     

    Crédito: Edilson Rodrigues 

     

    Com a decisão do TSE de rejeitar a Rede, muitos aliados de Marina Silva se filiaram ao PDT, antes de a ex-senadora anunciar a entrada no PSB. O senhor acha que o partido poderá herdar parte desse espólio eleitoral?

    Acho que sim, principalmente por conta da relação do Reguffe com a Marina Silva. Já conversei com o André Lima (advogado de Marina) e o Reguffe que coordenou essas filiações. Ele esteve muito próximo da Marina durante esse tempo todo.

     

    Essa aproximação do Reguffe com a Marina foi um incômodo para o senhor e para o PDT?

    Não. Sempre fui favorável à Marina, mas nunca tive dúvidas de que o Reguffe não sairia do PDT. Eu já falei para a Marina que não a vejo como líder partidária, mas como líder moral, uma espécie de Betinho do Século XXI, a Martin Luther King do país. Marina poderia canalizar os anseios dos cidadãos que foram para as ruas protestar. Poderia verbalizar o que esse povo quer. Como líder partidária, ela perderia essa chance.


    O PDT vai oferecer a legenda para o Reguffe disputar o governo no ano que vem?
    O PDT está doido que ele se decida. Na hora em que ele disser que aceita, todo mundo no partido vai fazer uma festa. Temos esperança de que o Reguffe será candidato.

     

    Se o Reguffe não quiser concorrer, o PDT terá candidato de qualquer forma?

    Se ele não quiser, o mais provável é que a gente faça uma coligação com outros partidos, como Psol ou PSB. Mas essa composição só vai existir se o Reguffe não for candidato a governador.

     

    A manutenção da aliança entre o PT e o PMDB torna o cenário mais difícil para a oposição?

    É claro que a aliança dá a eles uma força maior, mas o candidato é o Agnelo, que continua sendo um nome muito fraco, mesmo com essa aliança. Sem o PMDB, acho que o PT nem sequer lançaria Agnelo candidato. O Agnelo continua com aprovação baixa, as pesquisas mostram que ele teria no máximo 12% se a eleição fosse hoje.

    Como o senhor avalia as movimentações no campo da direita, com a chegada de Arruda e ao PR e com a filiação de Roriz ao PRTB?

    Não tenho ideia do que vai acontecer nesse lado. Roriz tem voto, mas será que ele transfere esses votos se não for ele o candidato? E será que vai ser ele? A minha impressão é de que nem Roriz, nem Arruda serão candidatos. A grande dúvida então é saber quem eles apoiarão e se eles terão poder de transferir votos. Acho muito difícil o Roriz ser candidato mas não descarto. Ele está vivo e ativo e pode surpreender.

     

    O senhor ainda cogita disputar a Presidência?

    Não desisti, mas acho quase impossível. O PDT está muito ligado a Dilma, não vejo o partido querendo largar ministério, como fez o PSB.

     

    O senhor não tem receios de que o PDT nacional possa impor uma aliança com o PT no DF?

    Nenhum, não há a menor chance. O Lupi já me disse diversas vezes que não vai se meter aqui. Muita gente critica o Lupi, mas quem trabalha com ele sabe que é um cara que cumpre palavra.

     

     

    Fonte: Ana Maria Campos/Eixo Capital/Correio Braziliense

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