Há sim, um complô envolvendo deputados e outras autoridades ainda ativas no Buriti, que desejam mandar 3 deputados para a degola: Eurides, Brunelli e Prudente. Mas existem outros parlamentares com situações muito piores que tem sido poupados pela imprensa, principalmente a escrita. Caso sejam abertos os processos de cassação, os parlamentares poderão ser punidos desde uma simples advertência, censura ou até a perda de mandato. Vamos aos fatos e tire suas conclusões.
LEONARDO PRUDENTE (sem partido, ex-DEM)
Acusação: Aparece em vídeo feito por Durval Barbosa (em 2006, era presidente da Codeplan), recebendo dinheiro e guardando as notas nos bolsos e nas meias, e em outro, ao lado de Brunelli, ora pelo então (já no governo de Arruda) ex-secretário de Relações Institucionais do GDF.
Agravante: Teve busca e apreensão da PF, que encontrou em sua casa R$56 mil dentro do motor da banheira de hidromassagem. É também acusado de ter usado o deputado Cabo Patrício para votar uma Lei que favoreceu sua empresa, além de comandar contratos no Detran. Teve pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário.
EURIDES BRITO (PMDB)
Acusação: Também aparece em vídeo recebendo muito dinheiro de Durval e colocando os maços em sua bolsa de mão, em 2006.
Agravante: Também teve busca e apreensão pela Polícia Federal em sua residência, e os policiais encontraram R$244 mil e outros US$ 9 mil em espécie. Teve pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário.
JÚNIOR BRUNELLI (PSC)
Acusação: Recebeu dinheiro de Durval Barbosa em 2006 . Já em 2009, juntamente com Leonardo Prudente, orou pelo então secretário de Relações Institucionais do DF.
Agravante: Não há. Não houve pedido de busca e apreensão nem pedido de quebra de sigilo fiscal ou bancário.
BENÍCIO TAVARES (PMDB)
Acusação: Aparece em vídeo conversando sobre contratos (especialmente de publicidade) da Câmara Legislativa do DF.
Agravante: As imagens foram gravadas na atual legislatura (em 2009) . Nos próximos dias ele será julgado no TJDFT por exploração sexual de adolescentes. Ele pediu afastamento da Câmara Legislativa antes do carnaval.
DOUTOR CHARLES (PTB)
Acusação: Os documentos encontrados pela Polícia Federal nos locais onde cumpriu mandados de busca e apreensão na Operação Caixa de Pandora levaram para dentro da crise parlamentares que até então estavam ilesos. É o caso do petebista Dr. Charles.
Agravante: De fora das primeiras denúncias, o nome do parlamentar surge agora em um papel encontrado na casa de Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do governador afastado José Roberto Arruda.
O documento, guardado em um envelope endereçado a Simão, com data de 23 de novembro, traz a seguinte anotação:
“1 – chefão 400,
2 – Dep Charles 100,
3 – Pesque Pague 800
4 – Brazlândia 1500”.
Observação: Sua filha é secretária de Finanças da Prefeitura de Águas Lindas de Goiás. (Dr Charles e Benedito Domingos apoiaram o candidato do PP Geraldo Messias para prefeito em 2008)
RÔNEY NEMER (PMDB)
Acusação: o deputado recebia R$11,5 mil do ex-assessor de imprensa Omézio Pontes, segundo conversa gravada em 2009 por Durval e o ex-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel.
Agravante: Não há.
ROGÉRIO ULYSSES (ex-PSB, sem partido)
Acusação: Também foi citado em conversa em que o então chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel, disse que pagava R$50 mil para o deputado, e que ainda recebia R$10 mil do assessor de imprensa Omézio Pontes.
Agravante: Foi alvo de ação de busca e apreensão em sua casa e no gabinete.
AYLTON GOMES (PR)
Acusação: O ex-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, afirmou a Durval que pagava R$30 mil por mês ao deputado, que ainda recebia R$10 mil de Omézio POntes.
BENEDITO DOMINGOS (PP)
Acusação: Durval disse em depoimento, que pagou R$ 6 milhões a Benedito para apoiar a campanha de Arruda em 2006.
Agravante: Benedito foi a última pessoa a contratar um dos arapongas que tentaram grampear gabinetes na Câmara Legislativa. Benedito conhecia muito bem o novo assessor, que foi nomeado para segurança em seu gabinete, mas é advogado. Também é pastor.
CABO PATRÍCIO (PT)
Acusação: Há a denúncia de que ele teria elaborado e ajudado a aprovar projeto de lei para beneficiar emrpesa de lixo do filho de Leonardo Prudente.
Agravante: Não há.