Em 1933, o presidente alemão Paul von Hindenburg assinou uma lei que limitava a liberdade de imprensa no país. Essa lei, conhecida como Lei Habilitante, dava ao chanceler Adolf Hitler o poder de fazer e executar leis sem a participação do Reichstag (o parlamento) ou do próprio Hindenburg. Isso abriu caminho para a ascensão do regime nazista, que usou a propaganda e a censura para manipular a opinião pública e reprimir a oposição.
A Lei Habilitante foi aprovada após o incêndio do Reichstag, um ato de sabotagem que os nazistas atribuíram aos comunistas. Usando esse pretexto, Hitler convenceu Hindenburg a assinar o Decreto do Incêndio do Reichstag, que suspendia vários direitos civis e declarava estado de emergência. Com isso, os nazistas puderam prender e perseguir seus inimigos políticos, especialmente os comunistas e os social-democratas.
A Lei Habilitante foi um golpe fatal na democracia alemã, que já estava fragilizada pela crise econômica e social causada pela Primeira Guerra Mundial e pelo Tratado de Versalhes. A lei permitiu que Hitler governasse por decreto, sem limites ou controles. Ele também se livrou de qualquer oposição dentro do seu próprio partido, eliminando os líderes da ala esquerda.
A imprensa alemã, que já sofria com a censura e a intimidação dos nazistas, foi totalmente submetida ao controle do Ministério da Propaganda, liderado por Joseph Goebbels. Os jornais, as revistas, os livros, os filmes, os rádios e os cartazes tinham que seguir as diretrizes do regime e glorificar Hitler, o partido, o exército e a raça ariana. Qualquer crítica, divergência ou informação contrária aos interesses nazistas era proibida e punida com prisão, tortura ou morte.
A limitação da liberdade de imprensa foi um dos instrumentos usados pelos nazistas para consolidar seu poder e preparar o caminho para a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto. Foi também uma das razões pelas quais muitos alemães não souberam ou não se opuseram aos crimes cometidos pelo regime.
Observação do blog: Qualquer semelhança com o que ocorre no Brasil atualmente, é mera coincidência.
Fonte: @viagemaopassado