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    À QUEIMA-ROUPA Entrevista: Augusto Carvalho Deputado federal

    Eixo capital

    POR ANA MARIA CAMPOS-CORREIO BRAZILIENSE/FOTO: ANA RAYSSA/ESP. CB/D.A PRESS –

    Augusto Carvalho Deputado federal (SD-DF)

     

    O seu partido apoiou a eleição de Rodrigo Rollemberg. Está satisfeito com os rumos do governo?

    Apoiamos desde o primeiro momento. Eu, o (Rogério) Rosso, com o PSD, o PDT e o PSB. A nossa chegada na aliança cacifou a eleição de Rollemberg e ele logo disparou na disputa. Tinha a expectativa de um governo diferente. Pensei que os aliados de primeira hora seriam mais ouvidos e mais respeitados.

    Concordo com Cristovam (Buarque), o governador ouve de menos. Faz um governo de amigos. Repete muito a trajetória do Agnelo.

     

    Qual é o seu contato com Rollemberg?

    O último encontro que tive com ele foi há mais ou menos três meses. Às vezes, ele me telefona aqui e acolá.

     

    Não participa das reuniões do conselho político em que o governador debate com os aliados?

    Aquilo ali são tertúlias. Isso é para dizer que está ouvindo…

     

    Gostaria de ter sido ouvido em que situações?

    Nós, do Solidariedade, temos um compromisso firmado com a sociedade. Somos contra aumentos de impostos tanto na esfera federal, propostos pela Dilma, quanto pelo governador Rodrigo Rollemberg. A criatividade e a busca da boa governança não podem ser feitas às custas do contribuinte. Vamos buscar o equilíbrio das contas sem atribuir o ônus ao cidadão. É preciso pensar saídas diferentes, que não onerem o contribuinte.

     

    Qual seria a saída?

    O governo deveria fazer uma força-tarefa, usar toda a inteligência, para se dedicar à regularização de condomínios. A partir do momento em que se regularizam os terrenos, há um grande impacto na economia. Só de imposto do ITBI, o governo arrecadaria milhões. Mas tivemos um ano perdido. Nada foi feito. O governo anterior fez muita lambança. Para piorar a crise que vivemos, houve a truculência com os professores.

     

    Acha que a PM exagerou no episódio do protesto dos professores?

    Não tenho dúvidas. As imagens falam por si. Claro que teve provocações, mas não houve habilidade para resolver o problema. Não podemos seguir o exemplo do Paraná.

     

    Acha que o governador está sendo abandonado pelos aliados?

    A culpa é dele. A bancada do DF pediu uma audiência para tentar ajudar a intermediar uma solução para a crise com os servidores e nunca obteve retorno. Pergunte ao Cristovam, ao Hélio José… Para se ter uma ideia do distanciamento, ele nunca procurou a bancada, como todos os governadores sempre fizeram, para discutir projetos estruturantes a serem incluídos no orçamento federal. Mandou alguns prepostos, mas não é a mesma coisa. O diálogo com o governador tem uma liturgia, uma simbologia. Estamos todos perplexos com o estilo Rollemberg de governar. Está sobrando popularidade para tratar os aliados assim?

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