A ex-governadora do DF, Maria de Lourdes Abadia, teve uma grande oportunidade nas eleições de 2006: a de se reeleger governadora. Porém, cometeu gafes, equívocos e erros graves, que contribuíram para a perda do pleito. Abadia não ouvia assessores, coordenadores de sua campanha e sequer dava ouvidos ao seu maior cabo eleitoral: o ex-governador Joaquim Roriz. Foram momentos de muita tensão que acabaram por afastar militantes importantes de sua campanha para o lado de Arruda. Quando assumiu o comando do GDF, em abril de 2006, simplesmente pediu todos os cargos da assessoria especial, ou seja, exonerou os principais assessores de Roriz, sendo que alguns possuiam bases eleitorais importantíssimas. A revolta foi geral. Considerada ‘emocionalmente fraca’ diante de decisões importantes, Abadia ficou quieta nos últimos anos tentando se livrar dos processos a que respondia no TCDF. Agora que conseguiu ser, digamos, ‘anistiada’, está livre para tentar voltar ao lugar que mais gosta: a Câmara dos Deputados. Só resta saber se ela aprendeu a ter humildade quando se está no poder. Abadia continua no PSDB.
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