Aliados políticos, amigos e técnicos de confiança estão entre os cotados para a administração do DF

Há nomes bem próximos do socialista que devem influenciar na fase de transição %u2014 e até participar do exercício do mandato

Almiro Marcos

Kelly Almeida

O governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) garante que ainda não escolheu representantes do futuro governo, nem negociou cargos com os partidos que fizeram parte da coligação no primeiro turno e que integraram a campanha a partir de 5 de outubro. No entanto, há nomes bem próximos do socialista que devem influenciar na fase de transição — e até participar do exercício do mandato. Estão no grupo: aliados políticos, amigos de longa data e pessoas que participaram diretamente da campanha.

Na primeira entrevista, ontem, após ser confirmado como governador, Rollemberg destacou que inicia os contatos para a transição hoje. O certo é que ele próprio comandará as negociações com a equipe de Agnelo Queiroz (PT), com os quais tem bom trânsito. Um dos únicos nomes certos é o do jornalista Hélio Doyle, coordenador-geral da campanha vitoriosa. Ele confirmou ao Correio que continua ao lado do político até 31 de dezembro. “Nós vamos ficar neste período todo de articulações com o atual governo. Posteriormente, não sei dizer. Vamos dar tempo ao tempo”, afirmou o jornalista.

#Rodrigo Rollemberg é o novo governador do DF

 

 

 

 

 

 

Rollemberg (PSB) garante que ainda não escolheu representantes do futuro governo
Candidato mais votado no primeiro turno no DF, o senador eleito José Antônio Reguffe (PDT) foi um dos principais cabos eleitorais de Rollemberg ao longo da campanha. Ele antecipou, no entanto, que pretende cumprir todo o mandato e não quer se licenciar para ocupar cargo no Executivo local, mesmo que seja convidado pelo futuro governador. O senador Cristovam Buarque, outro pedetista, também é forte aliado do socialista e, pela ligação que tem com a educação, deve indicar o novo secretário para a pasta.

Outro nome muito próximo ao futuro governador é o do biólogo Paulo Salles, professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele foi um dos principais motivos para desgastes entre Rodrigo Rollemberg e Agnelo Queiroz. O pesquisador era presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP), por indicação do PSB, mas acabou demitido e substituído por uma nome indicado pelo deputado distrital Cristiano Araújo (PTB). O senador se ressentiu da história e nunca perdoou o ex-aliado. Salles é tão amigo do futuro governador que acompanhou a apuração dos votos ao lado da família Rollemberg. Eles também são compadres.

Mais amigos

Indicado para a chefia da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) pelo senador, Marcelo Dourado pode integrar com relevância no mandato do socialista. Os dois são amigos desde a época de faculdade. O ex-superindente é um dos principais defensores e articuladores da utilização dos trilhos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para o transporte de passageiros entre a antiga Rodoferroviária e Luziânia. O tema, aliás, faz parte do plano de governo de Rollemberg e foi copiado por adversários.

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No âmbito da Câmara Legislativa, a distrital reeleita Celina Leão (PDT) vem despontando como uma das principais na disputa para a presidência da Casa a partir do ano que vem. Joe Valle (PDT), antigo aliado de Rollemberg, mas que deixou o partido para seguir as orientações de Agnelo Queiroz, se reaproximou do governador eleito ao longo da campanha e vem sendo um dos principais defensores do projeto político do socialista na Câmara.

Tucano vence no DF

O senador Aécio Neves (PSDB) foi vitorioso no Distrito Federal, com 61,90% dos votos, contra 38,10 da presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita para mais quatro anos de mandato. Na capital do país, o tucano conquistou 943.275 votos, mais do que o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB), que o apoiou. No primeiro turno, Aécio já havia vencido no Distrito Federal, seguido por Marina Silva (PSB). Os dois juntos conquistaram 72% do eleitorado candango na primeira fase da campanha. No DF, Aécio teve a quarta maior votação proporcional. Em primeiro lugar ficou o estado de Santa Catarina, com 64,59% dos votos válidos para Aécio, seguido por São Paulo, com 64,3% e Acre com 63,72%.

 

 

Fonte: Correio Braziliense

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