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    Ambulatórios no Hospital de Base do DF oferecem atendimento especializado a pacientes com transtornos mentais

     

    Em média, 200 atendimentos por mês a indivíduos em crise ou sem resposta a tratamentos convencionais.

     

    Por Pollyana Cabral

    Pessoas que enfrentam transtornos mentais graves contam com atendimento especializado nos ambulatórios do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O propósito desses espaços é buscar respostas mais eficazes para pacientes em crise ou que não apresentam melhoras com tratamentos convencionais, por meio de uma abordagem que integra tratamentos medicamentosos com terapias psicológicas e multidisciplinares.

    No HBDF, além de unidades para transtornos alimentares e obsessivo-compulsivo, existem espaços destinados a pacientes neurológicos, oncológicos, da enfermaria e da psiquiatria geral. Esses ambulatórios realizam, em média, 200 atendimentos por mês, visando atender pacientes de alta complexidade.

    O chefe da psiquiatria do Hospital de Base, Sérgio Cabral, destaca a abrangência do serviço: “Temos um serviço de psiquiatria bem amplo e completo para atender tanto os pacientes internados de outras especialidades como aqueles que vêm via regulação. Nossos ambulatórios têm a característica de atender pacientes de alta complexidade”.

    Um dos transtornos que recebe atenção diferenciada é o obsessivo-compulsivo (TOC). O HBDF implementou há um ano um ambulatório específico para diagnosticar e tratar essa condição. O projeto é liderado pelo médico psiquiatra, Dr. Thiago Blanco.

    Os atendimentos no ambulatório para TOC ocorrem semanalmente às quartas-feiras à tarde. Pacientes podem agendar consultas mediante encaminhamento médico da rede pública ou privada. Após o diagnóstico, o tratamento é realizado no local e, ao receber alta, o paciente é acompanhado em uma unidade básica de saúde (UBS).

    O ambulatório especializado tem proporcionado resultados significativos, oferecendo respostas mais efetivas a pacientes com sintomas graves, combinando intervenções medicamentosas e psicoterapêuticas. Além disso, o espaço serve como campo de aprendizado para futuros médicos, envolvendo estudantes de medicina, residentes de psiquiatria e profissionais de diversas especialidades.

    Blanco destaca a importância de o HBDF oferecer serviços específicos para condições prevalentes: “O TOC normalmente tem um impacto significativo na vida do paciente. Também houve uma percepção da gestão da unidade de psiquiatria de que havia uma demanda em Brasília”.

    Outro ambulatório importante trata transtornos alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Existente há quatro anos, o espaço realiza diagnóstico e tratamento multidisciplinar, sendo necessário encaminhamento detalhado para agendamento.

    Sérgio Cabral (foto) reforça a importância da atenção à saúde mental: “Na maioria das vezes, os quadros não começam do dia para a noite. Costuma haver uma progressão para chegar a um caso mais grave. Ainda é muito comum uma negação em relação aos sintomas, porque existe muito estigma e preconceito. É importante que não haja atraso no diagnóstico nem no tratamento”.

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