Análise: escândalo do TJ da Bahia destampa sujeiras da Justiça

Correntina (BH), 16/04/2018 - Represesa que utiliza agua do rio Arrojado na Fazenda Igarashi - Atacada pelos ribeirinhos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Prisões de juízes e desembargadores abrem perspectiva de operações semelhantes para coibir crimes do mesmo tipo Brasil afora

MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Os fatos graves sobre o Tribunal de Justiça da Bahia(TJBA) tornados públicos nas últimas semanas têm potencial para desencadear uma onda de escândalos em outros estados. Alvos da Operação Faroeste, quatro desembargadores e três juízes de primeira instância foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de venda de sentenças.

No meio jurídico, a ação contra o TJ baiano é vista como um caso exemplar para se destampar sujeiras na Justiça brasileira. O mesmo tipo de crime, acredita-se, é praticado em outras unidades da Federação.

Na Bahia, as investigações apontam para uma rede de favorecimento que permitiu a legalização de terras públicas griladas por fazendeiros no oeste do estado. Os magistrados e oito outras pessoas são acusados de lavar dinheiro e participar de organização criminosa.

A grilagem de terras no local foi destacada na reportagem O Levante dos Ribeirinhos, publicada pelo Metrópoles no dia 1º de julho de 2018. O trabalho jornalístico mostrou como a indústria de fraudes permitiu a ocupação do oeste baiano por fazendas do agronegócio.

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