A presidente do PTB Graciela Nienov força a barra para integrar a base de apoio de Jair Bolsonaro, mesmo depois dos recentes ataques ao presidente e a seus filhos.
O objetivo é infiltrar Eduardo Ladeira Mota, que trabalha com o aliado de Sérgio Moro, Álvaro Dias e no PTB.
E por fora, corre o presidente do PTB-SP, Otávio Fakhoury, que após perder a vice-presidência do Instituto Força Brasil (IFB), ser investigado pelo STF (por financiar fake news) e indiciado pela CPI da Pandemia, tenta desesperadamente se aproximar de bolsonaristas.
Recentemente, o empresário foi visto em uma churrascaria de Brasília reunido com políticos do campo bolsonarista, como o deputado Helio Negrão e o ex-senador Magno Malta.
Em 2021, o empresário que diz ser bolsonarista, depôs em 30/9 na CPI da Pandemia, e reclamou da falta de apoio de Jair Bolsonaro e de seus filhos na sua participação na comissão. Esse gesto foi considerado imperdoável para o clã Bolsonaro.
Mas o que chama atenção é que, no desespero para ter poder, o PTB parece atirar para todo lado e, na política, isso é visto com maus olhos por pessoas mais experientes.
Por exemplo: ao mesmo tempo em que o PTB tenta se aproximar de bolsonaristas, ele dá um tiro no pé ao querer impor um nome contrário ao de Bolsonaro para disputar o governo de SP.
Em São Paulo, o PTB poderá rachar o eleitorado bolsonarista caso lance o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub na disputa pelo governo estadual. Bolsonaro já indicou que apoiará o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que deve se filiar ao PL.
Pelas demonstrações públicas, o PTB aparece como um partido ávido pelo poder, mas segundo fontes, assessores próximos ao presidente Jair Bolsonaro já estão atentos aos movimentos politiqueiros de Graci e Fakhoury.
Afinal de contas, o PTB perdeu a grande chance de ter Bolsonaro em seus quadros e portanto não há mais confiança no partido que muda de opinião, lado e de mãos de maneira contumaz.