Após ato de professores, GDF avalia atitude como ‘violenta e antidemocrática’

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, avaliou como violenta e antidemocrática a atitude do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) de fechar as seis vias do Eixo Monumental por cerca de seis horas nesta quarta-feira (29). “A cidade não pode parar por uma atitude intimidadora de uma categoria”, disse o representante do governo, em entrevista coletiva na noite de hoje.

Saiba mais

  • Nesta quinta-feira (30), às 14h, o GDF irá se reunir com uma comissão dos docentes. “Eles virão para continuarmos o que temos feito sempre: demonstrar nossas capacidades, onde podemos e não podemos avançar”, adiantou Sampaio.
  • Na segunda-feira (27), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territóriosdeterminou que os grevistas retornem às atividades nas escolas da rede pública, sob pena de multa de R$ 100 mil diários ao sindicato caso a decisão judicial não seja cumprida.

Sampaio definiu o ato como extremo e destacou as consequências para os cidadãos que passam pelo local. “Muitas coisas podem acontecer com quem não tem nada a ver com isso, como uma pessoa enferma no meio do engarrafamento.”

Os professores são contra a Reforma da Previdência e pedem a efetivação do plano de carreira, além da terceira parcela do reajuste salarial concedido em 2013. O GDF, por sua vez, alega que o orçamento está comprometido pela crise, mas que o Executivo se esforça para atender outras demandas sem impacto econômico imediato.

Uma das representantes do movimento, Rosilene Correia, reclamou da falta de espaço para diálogo. “Infelizmente, o governo não abre discussão, não há nenhum avanço e nenhum número foi apresentado”, ponderou Rosilene. Segundo Sampaio, o diálogo tem sido uma constante do governo para tratar das reivindicações da classe. “Somente neste ano, recebemos o sindicato nove vezes. Não somos obrigados a agir mediante intimidação de uma categoria”, defendeu o chefe da Casa Civil.

Manifestação

No início da manhã desta quarta-feira (29), os professores grevistas ocuparam o gramado da Praça do Buriti. Por volta das 12h, fecharam as seis faixas da Via N1 do Eixo Monumental, onde permaneceram até pouco antes das 19h.

Algumas pessoas jogaram pedras no Palácio do Buriti, e houve tentativa de invadir o prédio. A Polícia Militar do Distrito Federal conteve o grupo, que permaneceu nas seis faixas da N1.

A paralisação da categoria começou em 15 de março, sob o argumento do não pagamento de reajustes salariais.

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