Juiz Osvaldo Tovani muda processo de lavagem de dinheiro para furto qualificado em processo criminal de Marli Rodrigues; A pena para esse crime é de 2 a 8 anos de prisão de acordo com o Código Penal Brasileiro (CPB)
Auxiliar Operacional de Serviços Diversos (AOSD), a servidora aposentada da SES-DF, Marli Rodrigues, tem feito de tudo, mas de tudo mesmo para permanecer na presidência do SindSaúde-DF, mas o cerco finalmente se fecha.
Já são quase 12 anos que Marli está no comando do poderoso e importante Sindicato que representa os servidores da saúde das redes pública e particular do Distrito Federal. Para se manter no cargo, ela tem usado a estrutura – e dinheiro – do SindSaúde para bancar apoio (e até parte da imprensa), na tentativa de acobertar as notícias “negativas”.
PADRÃO DE VIDA
Sem formação superior, Marli conseguiu, ao longo do tempo, melhorar consideravelmente seu padrão de vida: mora bem, vive bem, e desfila a bordo de uma reluzente Ranger (valor aproximado de R$ 300 mil) que, obviamente não está registrada em seu nome, mas sim, no nome da enteada.
Ao mesmo tempo em que melhorou de vida, piorou a vida de servidores, com atitudes e ações que a levaram para o noticiário policial da capital.
PRECATÓRIOS
Em 2019, foi aceito pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), um documento de denúncia, expedido por sindicalistas, contra o Sindicato de Saúde do Distrito Federal (SindSaúde), presidido por Marli Rodrigues. De acordo com o conteúdo do dossiê, a ex-funcionária da Secretaria de Saúde do DF não teria repassado cerca de R$ 14 milhões provenientes da venda de precatórios entre os sindicalizados.
A venda dos precatórios foi finalizada e oficializada pelo 4º Ofício de Notas do DF, em 2004, para a empresa CiaToy Brinquedos LTDA.
INDICIADA
Após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciar Marli Rodrigues, ela virou ré pelo crime de furto qualificado de R$ 2,5 milhões, primeiramente, e depois R$ 8 milhões, pulverizados em contas bancárias da filha, Maria Luiza Rodrigues do Vale (R$ 495.678,00) em março de 2012. Bem como dos funcionários Fábio Luiz de Sousa Torres (R$ 561.538,00) e o genro Hemerson Varlly Soares de Farias (R$ 495.000,00).
No processo que corre no TJDFT, Marli Rodrigues figura na condição de ré junto com a filha Maria Luiza Rodrigues do Vale; o genro Hemerson Varlly Soares de Farias; o ex-marido Luiz Ribeiro Vale; além do funcionário do Sindicato, Fábio Luiz Sousa Torres, todos indiciados pela Polícia Civil do DF (PCDF) com denúncia aceita pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), por prática de crime de furto.
O juiz Osvaldo Tovani mudou o tipo de crime no processo de lavagem de dinheiro para furto qualificado no processo criminal ao qual Marli Rodrigues responde. Aliás, ela tem feito malabarismos para não ser encontrada pelos oficiais de justiça. Até o dia 23 de abril, a justiça havia emitido sete intimações a Marli pelo crime de furto qualificado e ela simplesmente não foi encontrada.
Além disso, a Polícia Federal (PF) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) detectaram as movimentações atípicas. O total do montante de recursos lavados chegou à vultosa quantia de quase R$ 8 milhões.
NA BUSCA POR FORO PRIVILEGIADO
A última grande tentativa de Marli ganhar força política e, naturalmente, foro privilegiado, ocorreu em 2022, quando se candidatou a deputada federal e não foi eleita. Na declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela afirmou que só tinha um veículo avaliado em R$16.680,00, o que não condiz com o alto padrão de vida que leva.
A campanha dela para deputada federal recebeu mais de meio milhão de reais e mesmo assim, ela obteve 7.873 votos.
FIM DA SAGA NO COMANDO DO SINDSAÚDE
Segundo informações, dificilmente Mari Rodrigues escapará das garras da justiça, e deverá ser ejetada definitivamente da cadeira de presidente do SindSaúde nos próximos dias.
Após ser indiciada pela PCDF, Marli Rodrigues tem visto antigos aliados se afastarem rapidamente dela. Afinal de contas, ninguém quer ir pro abismo junto.