APURAÇÃO DE DENÚNCIA (MAIS UMA)

Comentário recebido por leitora emque solicita apuração de denúncia envolvendo Marcelo Toledo, que optou por fazer uma delação premiada, o que teria motivado – e muito – a renúncia de Paulo Octávio. Veja o que a leitora disse:

Sr. Donny: Acompanho diaramente seu blog e já deixo como página incial.

Sei da sua coragem e, há muito tempo, vinha informando a população do DF sobre os demandos do governador Arruda e sua trupe.
Como acredito que possua boas fontes gostaria que abordasse o tema e tentasse identificar os participantes da reunião ocorrida em águas claras para tratar da “operação abafa” de Arruda para impedir a investigação em cima de Marcelo Toledo.
Sei que tem coisa grande por trás disso.

Como cidadã brasiliense tenho o direito de saber quem são esses integrantes da segurança pública, para que assim saiba mais sobre essa podridão do poder.

Não posso dormir tranquila sabendo que aqueles que nossos impostos pagam para nos proteger usem seus cargos e estrutura para espionar e bisbilhotar nossa vida.

Continuo acreditando no seu trabalho e sei da sua isenção em informar (alguns blogs agora se mostram mais “independentes”)
atenciosamente.
Fernanda

blog  da samanta:

Domingo, 21 de fevereiro de 2010

PANDORA FISGA TUCUNARÉ

 

Em maio do ano passado, uma reunião na residência Oficial de Águas Claras criou mal estar entre integrantes da cúpula da área de Segurança Pública do Distrito Federal. Oito pessoas participaram do encontro. Ouviram um questionamento do governador José Roberto Arruda. Ele queria saber se Marcelo Toledo, a quem se referiu como leal colaborador, estava sendo investigado e afirmou que não queria ser surpreendido.

 

À esta altura Toledo já tinha sido fisgado na rede das interceptações telefônicas da Polícia Civil que apurava esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo doleiros no DF com remessas vindas do Rio de Janeiro, por meio de empresas de fachada. Dinheiro que passava pelo Banco Regional de Brasília (BRB). A operação veio a ser batizada de Tucunuré. Enquanto Arruda colhia informações sobre a investigação, no jardim de Águas Claras Toledo passeava. No grupo, o clima foi de constrangimento por parte de alguns. Arruda deixou claro que teria de ser informado de tudo e ainda alertou para ações de grupos na polícia ligados a Joaquim Roriz.

 

INTERFERÊNCIA

Nas gravações telefônicas em poder hoje do Ministério Público, o doleiro investigado na Tucunaré pede para Toledo perguntar “ao amigo”, “ao careca”, a “Arruda” se eles estão sendo investigados. Reclama e recomenda a interferência do governador para a polícia sair do pé deles. Dias depois da reunião de Arruda com a Segurança Pública, os diálogos que foram captados mostram que Toledo e o doleiro já tinham a informação que a investigação existia. No entanto, já não demonstravam tanta preocupação. Mas deu tempo do material apurado na Operação Tucunaré sair da Polícia Civil rumo ao Ministério Público.

 

FRAUDE

Arruda teria ainda reclamado na reunião de ter sido surpreendido com buscas e apreensões e que estava sendo cobrado pelos alvos também de outra operação a Terabite, que investigava fraude em licitação no GDF por parte de empresas da área de informática, cujo relatório final concentrou todo o problema no governo de Joaquim Roriz. Tucunaré, que significa peixe grande, e dizem fazer referência ao apelido de Toledo, jeito ou de outro acabou fisgado na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. É apontado como um dos operadores do suposto esquema de arrecadação de propina que beneficiava o governo de Arruda e Paulo Octavio.

 

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