Audiência pública em Ceilândia

O deputado Chico Vigilante realizou na noite desta terça-feira (7) mais uma audiência pública para tratar da questão de segurança na Ceilândia. Desta vez, no Condomínio Privê. A audiência contou com o a presença de toda a representação da segurança pública do Estado: comandante-geral da Polícia Militar do DF, Suamyr Santana, do responsável pelo 8º Batalhão da PM, na Ceilândia, tenente coronel Madureira, do delegado regional da Ceilândia, dr. Adival Barbosa, delegado –chefe da 24º DP, responsável por atender entre outras áreas, o Condomínio Privê, dr. Marcelo, lideranças comunitárias do condomínio e também de outras localidades da cidade, como Sol Nascente. Além de muitos moradores, que apareceram em peso na reunião para debater o assunto. O evento ocorreu na casa de uma importante liderança do condomínio, dona Sandra.

Chico Vigilante observou que o sentido da reunião foi o de discutir a segurança pública por meio de um intercâmbio ide idéias entre a polícia e a comunidade visando à prevenção e o combate a criminalidade na Ceilândia.   O parlamentar explicou aos presentes a importância da presença de cada um dos representantes da segurança pública na audiência pública e destacou também a intensificação de ações polícias na Ceilândia, realizadas pelas duas corporações, Polícia Civil e Polícia Militar, integradas pela primeira vez na história do DF responsável por diminuir os números da criminalidade na cidade.

A voz da comunidade

As demandas apresentadas pelos moradores foram semelhantes às de todas as outras localidades: a presença da polícia e mais viaturas patrulhando nas ruas, combate à proliferação das drogas e a violência doméstica. Num relato emocionado, uma senhora argumentou que as mulheres do condomínio Privê não puderam comemorar os seis anos da entrada em vigor da Lei Maria da Penha.

“O que mais existe aqui no Privê são mulheres que apanham”, disse. Para ela, esta e outras situações só serão contidas com a presença ostensiva da polícia nas ruas.

A voz da segurança pública

O comandante-geral da PM, Suamyr Santana, enfatizou que trabalhar em parceria com a comunidade é a melhor maneira de se alcançar resultados positivos.  “Eu entendo que segurança pública se faz desta forma. Não tem como fazer prevenção separando a polícia da comunidade”, argumentou.

Suamyr Santana respondeu pontualmente a cada uma das colocações feitas pelos moradores. Informou que assinou 17 contratos de manutenção que estavam vencidos e que 52% da frota foi encontrada parada por conta disso. “Estamos comprando as peças para fazer a manutenção nessas viaturas e colocá-los nas ruas o mais rápido possível. Já colocamos 250 viaturas blazer para rodar”, explicou. Mais 600 novas viaturas foram compradas por adesão de ata. “Em no máximo dois meses, os carros estarão nas ruas distribuídos em todas as regiões administrativas. Sendo 250 para postos comunitários”, disse.

Ele explicou que em 2014 mil novos policias integram a PM e que os postos de segurança comunitária em breve serão ocupados por vigilantes para que os policiais que hoje ocupam esses postos voltem às ruas.

O comandante ressaltou ainda a retomada da obra de construção de um segundo batalhão na Ceilândia Norte. “Tivemos que parar a obra no fim do ano passado porque a empresa faliu. Fizemos um novo contrato e em seis meses a comunidade da Ceilândia contará com dois batalhões para dar atendimento à população. Isso é um compromisso”, afirmou ele.

As dificuldades na Polícia

O comandante falou das dificuldades na polícia. “Realmente temos problemas com efetivo. Uma média de 300 companheiros entra para a reserva por ano”. Sem falar naqueles que sofrem de problemas por conta do serviço, como os casos de suicídio, alcoolismo, drogas, depressão por conta do serviço pesado. E disse que mil novos policiais reforçarão os quadros da PM a partir de janeiro de 2014. A prioridade serão as áreas com maior incidência de criminalidade. E o comandante ressaltou a importância da integração entre a PM e a Polícia Civil, uma iniciativa deste governo, e um fato inédito na história do DF.

“Antigamente, as duas instituições vivam disputando espaço. Neste governo estamos desenvolvendo um trabalho conjunto, parceiro, por iniciativa do secretário de segurança pública, Sandro Avelar”, explicou. E afirmou: “Isso é irreversível”.

 

Denúncia anônima      

O delgado regional, Adival Barbosa, fez um apelo à comunidade para denunciar crimes, suspeitas de crimes, de pontos de drogas, esconderijos de fugitivos da polícia. “A nossa obrigação é trabalhar, mas se pudermos contar com a parceria de vocês os resultados serão muito mais rápidos”, disse. A denúncia anônima é um dos principais instrumentos de trabalho da polícia. A partir da investigação de casos e números de ocorrências em localidades, a polícia acaba desencadeando grandes operações, “como essas que são divulgadas pela imprensa”, explicou Adival. “A maioria delas é motivada pela denúncia”.

Ao finalizar a audiência, o deputado Chico Vigilante observou que a reunião alcançou plenamente os objetivos buscados. Além de promover uma saudável troca de idéias entre a comunidade e toda a representação da segurança pública do DF. “É assim que vamos vencer a violência no nosso bairro, na nossa cidade e no nosso país”, afirmou o deputado.

 

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