Auditoria indica saques irregulares de R$ 2 mi do Esporte na gestão Rollemberg

As mazelas dos campinhos de futebol do DF

De acordo com a CGDF, as operações financeiras são consideradas irregulares e ocorreram durante a gestão do ex-governador do DF

VINÍCIUS SANTA ROSA/METRÓPOLES

 

Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) encontrou falhas consideradas graves em contrato firmado pela gestão passada da Secretaria de Esporte e Lazer e a Federação das Ligas de Futebol Amador do DF e Entorno. Entre as irregularidades mais preocupantes, os técnicos encontraram saques, sem qualquer justificativa, que chegaram a R$ 2,5 milhões.Embora ocorrida entre 21 de outubro e a 08 de novembro de 2019, a diligência mirou no contrato firmado entre o Executivo local e a entidade no ano de 2018, portanto ainda na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O valor total do convênio era de R$ 2,6 milhões.

“Verifica-se que foram realizados saques de valores em espécie, com ‘Guia de Retirada’, no mês de julho/2018 no montante de R$1.237.663,09. No mês de outubro/2018 foram realizadas retiradas no montante de R$ 650.308,59 e, em dezembro/2018, os montantes retirados foram R$ 631.993,74 e R$1.850,94”, indica trecho do documento.

De acordo com os auditores, a movimentação pode ser considerada irregular, já que decreto com vigência à época autorizava apenas transferências bancárias com destinatário devidamente identificado e saques só poderiam ser realizados para pagamentos em espécie limitado ao total de R$ 1 mil.

Divergência e falta de comprovação

Além disso, o documento revela não terem sido apresentados todos os documentos que demonstrem a comprovação do cumprimento integral do objeto do contrato e, inclusive, divergência nos valores solicitados e os comprovados.

“A soma dos valores gastos com arbitragem representa cerca de 80% do valor global da parceria e não constam, nos autos, recibos de pagamentos de trios de arbitragem na quantidade de jogos propostos e tampouco números de súmulas correspondentes, demonstrando a integral aplicação dos recursos repassados à Federação”, aponta.

A auditoria ainda indica “falta de transparência na aplicação da maior parte dos recursos repassados, suscitando dúvidas acerca da sua real destinação e sobre a ocorrência de possível prejuízo de cerca de R$ 1.824.186,09”.

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