De acordo com a CGDF, as operações financeiras são consideradas irregulares e ocorreram durante a gestão do ex-governador do DF
VINÍCIUS SANTA ROSA/METRÓPOLES
“Verifica-se que foram realizados saques de valores em espécie, com ‘Guia de Retirada’, no mês de julho/2018 no montante de R$1.237.663,09. No mês de outubro/2018 foram realizadas retiradas no montante de R$ 650.308,59 e, em dezembro/2018, os montantes retirados foram R$ 631.993,74 e R$1.850,94”, indica trecho do documento.
De acordo com os auditores, a movimentação pode ser considerada irregular, já que decreto com vigência à época autorizava apenas transferências bancárias com destinatário devidamente identificado e saques só poderiam ser realizados para pagamentos em espécie limitado ao total de R$ 1 mil.
Divergência e falta de comprovação
Além disso, o documento revela não terem sido apresentados todos os documentos que demonstrem a comprovação do cumprimento integral do objeto do contrato e, inclusive, divergência nos valores solicitados e os comprovados.
“A soma dos valores gastos com arbitragem representa cerca de 80% do valor global da parceria e não constam, nos autos, recibos de pagamentos de trios de arbitragem na quantidade de jogos propostos e tampouco números de súmulas correspondentes, demonstrando a integral aplicação dos recursos repassados à Federação”, aponta.
A auditoria ainda indica “falta de transparência na aplicação da maior parte dos recursos repassados, suscitando dúvidas acerca da sua real destinação e sobre a ocorrência de possível prejuízo de cerca de R$ 1.824.186,09”.