Batalha campal no PSDB brasiliense

 

eduardo jorgeEstá em curso uma batalha campal pelo PSDB brasiliense. O último lance formal dessa disputa foi a nova intervenção feita na direção regional do partido. Na verdade, constituiu uma intervenção na intervenção, uma vez que o tucanato já havia tomado medida semelhante, instalando o atual presidente Eduardo Jorge (foto). Sua missão era — e é — construir um palanque para o senador Aécio Neves no Distrito Federal.

Insurreição ganha espaços

O estopim para desencadear esse novo lance foi a iminência do lançamento da candidatura do deputado federal Luiz Pitiman ao Buriti. Tanto Eduardo Jorge quanto Aécio Neves davam aval à candidatura e, como a cúpula nacional tucana avocou esse tipo de decisão, arriscava-se a se tornar irrecorrível. Houve então, em rápida sucessão, um manifesto rebelde assinado por 11 dos 14 integrantes da executiva, uma tempestuosa reunião de diretório em que Eduardo Jorge ameaçou com a nova intervenção e ainda novo encontro, na noite de sexta-feira, com público mais amplo. A juventude tucana, instrumento mais visível da seção brasiliense, também se insurgiu. Com ela, toda a ala do partido mais próxima ao ex-governador José Roberto Arruda.

Comissão de grão-tucanos

Foi a partir daí que o jogo descambou. A direção nacional do PSDB designou uma comissão especial para “indicar alternativas para  o posicionamento partidário”. Nela só há grão-tucanos: o senador Cássio Cunha Lima e os deputados federais Carlos Sampaio, Nilson Leitão e Bruno Araújo, vice-presidente nacional do PSDB, além do próprio Eduardo Jorge, mantido na presidência local. O ato é assinado pelo presidente nacional, o próprio Aécio.

Encontros e desencontros

Mais um lance ocorreu nos encontros com aliados potenciais. Eduardo Jorge e Pitiman vinham participando, em nome dos tucanos, de encontros  com os presidentes regionais do PPS, Eliana Pedrosa, e do DEM, Alberto Fraga, para articular candidatura única à sucessão. Isso contrariava a ala arrudista. Foi então que dois de seus expoentes, Izalci Lucas e Márcio Machado, também se encontraram com os mesmos Fraga e Eliana. Desse encontro surgiu uma nota afirmando que “seria miopia política simplesmente ceder à tentação do passado” e, mais, que “há um esgotamento dos modelos já aplicados e Brasília precisa de um pensamento novo”.

 

Fonte: Eduardo Brito/Do Alto da Torre/Jornal de Brasília

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