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    CASO ERENICE – PILOTO CONFIRMA PROPINA A ISRAEL GUERRA

    Caso Erenice – Piloto confirma propina a Israel Guerra

    Jailton de Carvalho, O Globo

    O piloto de motovelocidade Luís Corsini confirmou a amigos que pagou propina a Israel Guerra, filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, para receber um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras em 2008.

    A estatal era uma das áreas de maior influência da ex-ministra. Insistente e desinibido, Israel cobrou pagamento até numa conversa com Ana Veloso Corsini, irmã do piloto, no autódromo em Brasília.

    – Ele foi lá pressionar minha irmã porque o dinheiro saiu pingado. Demorou para sair a segunda parte. Ninguém aguentava o cara no vácuo da gente – disse Corsini a um amigo.

    Ana teria reagido à pressão e até acusou Israel de estar cometendo crime de extorsão. Mas as queixas de nada adiantaram. O lobista teria insistido até receber o dinheiro. Ana diz que foram pagos R$ 24 mil em espécie e R$ 16 mil em cheque.

    O patrocínio foi liberado em duas parcelas de R$ 100 mil. Uma em julho e a outra em agosto de 2008.

    Os pagamentos da propina eram feitos logo depois da liberação do dinheiro. Ana diz que Israel exigia o pagamento alegando que tinha compromissos pessoais.

    – Ele dizia : “Eu quero receber, se vira. Eu tenho que pagar os pedreiros” – afirmou Ana.

    Ela conta que o pedido de patrocínio estava encalacrado. Corsini teria até recebido uma carta com o aviso de que o projeto não teria sido aprovado.

    As negociações só deslancharam quando Israel, apresentado a Corsini por um amigo, decidiu encampar a proposta. A partir dali, o contrato teria sido aprovado em dez dias.

    – Me dá isso aqui que minha mãe e minha tia resolvem isso – teria dito Israel.

    A tia mencionada por ele seria a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil.

    A ex-ministra disse que desconhecia as atividades de Israel.

    Na tarde de sábado, a Eletrobras negou qualquer irregularidade no contrato com Corsini . Mas, nesta segunda-feira, decidiu desarquivar o processo para analisar as contas.

    O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse ignorar a informação de que Israel Guerra cobrou R$ 40 mil para conseguir o patrocínio da Eletrobras para Corsini. Segundo o ministro, a denúncia será apurada.

    – Qualquer denúncia, vamos apurar com rigor e não há possibilidade de esse tipo de conduta para conquistar apoio para atleta, competição, clube, evento ou coisa que o valha.

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