O Centro Administrativo (CENTRAD) localizado em Taguatinga é uma vergonha. Colocar parte da estrutura do GDF distante do centro da capital e com trânsito caótico para se chegar ao local foi um completo absurdo eleitoreiro. Nem habite-se o prédio tem. O terreno é do GDF e a construção é de duas empresas conhecidas por envolvimento em denúncia de corrupção.
O complexo construído em Taguatinga tem 182 mil metros quadrados, quatro edifícios com 15 andares e dez com quatro andares, 3 mil vagas de estacionamento e tinha como objetivo abrigar, em um único local, a sede do governo do Distrito Federal e seus 13 mil servidores. E, até o momento não passa de um grande elefante branco após R$ 1,5 bilhão em investimentos feitos pelas empresas Via e Odebrecht.
Antes de construir o Centrad, o GDF deveria ter feito primeiramente novas vias de acesso ao complexo. Experimente chegar lá de carro em qualquer horário… Está sempre congestionado. É muito carro para pouca via.
Pelo visto, o governo do DEM à época, sequer fez o relatório de impacto de trânsito. E se o fez, não tem noção! E o petista Agnelo Queiroz tem culpa ao apressadamente inaugurar o Centrad no último dia de governo em 2014, num gesto de total desrespeito ao dinheiro público.
De acordo com o contrato, a concessionária Centrad construiria o complexo com recursos e financiamentos próprios. Depois disso, o governo poderia explorar toda a estrutura de serviços pelo prazo de 22 anos, pagando, em contrapartida, uma parcela de R$ 22 milhões por mês para a concessionária. Parte desse valor seria destinado ao pagamento pela infraestrutura construída e outra parte, pelos serviços prestados.
Ao fim dos 22 anos, o governo do DF desembolsaria cerca de R$ 6 bilhões pelo Centro Administrativo, a nova sede do governo local.
Agora o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu anular o contrato de Parceira Público Privada (PPP). O terreno é do GDF e a construção é das empresas.
E agora?