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    Com o apoio do Governo de SP, multinacional do agro irá produzir biogás a partir da citricultura

    Multinacional francesa vai produzir biogás a partir de resíduos de citros na unidade de Bebedouro (SP)

     

    A produção de biogás a partir dos resíduos da citricultura, um importante setor da economia agrícola paulista, foi o anúncio no município de Bebedouro, nesta terça-feira (11/03). Com o apoio do Governo de SP, a multinacional francesa Louis Dreyfus Company (LDC) lançou a pedra fundamental de sua nova planta que será a maior usina de biogás produzido a partir de resíduos cítricos do mundo, no município de Bebedouro, interior do estado de São Paulo.

     

    “É a primeira planta do Brasil a produzir combustíveis renováveis por meio dos processos da laranja. Trata-se de um investimento de milhões de dólares, demonstrando que São Paulo oferece segurança jurídica, pesquisa, combate ao greening, seguro rural e disponibilidade de crédito”, destacou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

     

    Na safra 2023/2024, o setor de citros gerou 45.112 empregos no estado de São Paulo. Este número representa um aumento de 10% em relação ao da safra anterior. A cada dez copos da bebida consumidos no mundo, aproximadamente sete são produzidos no território paulista. Puxado pela laranja, o grupo de sucos é o segundo principal na balança comercial do agronegócio paulista, com 15,5% de participação nas exportações, somando US$334,41 milhões (99% dos valores respondem ao suco de laranja).

     

    A planta inaugurada está localizado em Bebedouro, onde está instalada a principal indústria de suco de laranja da LDC. Com capacidade de receber 390 metros cúbicos por hora de resíduos da indústria de suco, a usina poderá gerar 7 milhões de metros cúbicos normais de gás por hora (Nm3/h) em dois ou três anos. Os efluentes, que geram o biocombustível, são os resíduos gerados durante o processamento de laranjas ou limões, como na limpeza das frutas. A empresa possui a expectativa de reduzir a utilização de combustível fóssil em 50%, e avalia que é possível abastecer 100% da energia da unidade de Bebedouro.

     

    O estímulo às energias renováveis só é possível pois, em 2024, o Governo paulista, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), lançou procedimentos para produção de biogás e biometano em propriedades rurais, abrangendo uma ampla gama de atividades agropecuárias. Além da citricultura, os biocombustíveis podem ser gerados a partir das atividades de avicultura, suinocultura, bovinocultura, frigoríficos e abatedouros.

     

    SP desacelera o Greening

    Resultado dos esforços de toda a cadeia produtiva de citros em conjunto com a Secretaria de Agricultura, a incidência do greening, praga que ameaça os pomares de citros em todo o mundo, foi 54% menor no cinturão citrícola paulista em 2024 em comparação ao ano anterior, conforme dados do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

    Foram mais de 40 mil mudas irregulares retiradas de circulação, dentre elas, mudas com suspeita de Greening, pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura, desde 2023.

     

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