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    COMPANHEIRA DE LEITO

    EDITORIAL DO SEMANÁRIO O DISTRITAL
    Companheira de leito

    O novo caminho de Agnelo priorizou a saúde pública no Distrito Federal. A área realmente requer cuidados emergenciais. Mas não é a única. A educação pública do DF está tão ruim ou até pior que a saúde. Se há abandono das unidades de saúde, as escolas estão em estado de conservação deprimente. Se faltam remédios e médicos nos hospitais, faltam professores em salas de aula. A comparação parece, em primeiro momento, boba. Mas se a saúde pública do DF está na UTI, a companheira de leito é a Educação.

    No início do governo, o Buriti nomeou servidores mortos para comandar escolas públicas. Ironia metafórica, talvez. Afinal, a educação pública atual é coisa de outro mundo.  Novamente, a pasta se defendeu. Afirmou se tratar de erro institucional. O primeiro deles.  Depois disso, a sequencia dos tropeços não parou mais.

    Ainda lá atrás, o Diário Oficial amanheceu um belo dia recheado de convocações. Eram os mais de 1,5 mil professores aprovados em concurso público e que estavam sendo chamados, legitimamente, pela Secretaria de Educação. Ponto positivo para o governo, muitos pensaram. Nada disso. Dias após o fato, a atual gestora da Educação desdisse o próprio DODF e mandou suspender o ato. Justificou ter sido erro administrativo e afirmou só poder contratar apenas 400 professores, como se não existisse déficit de docentes nas escolas públicas do DF.

    A mais nova da pasta é o fornecimento de merenda comprometida para os alunos. Embalagens de arroz e feijão tomadas por bichos. Comidas essas que vão parar na boca das nossas crianças. Que tipo de gestão é essa?

    Que acadêmica consegue comandar uma secretaria como a de Educação dessa forma tão inconsequente? Pode ter sido motivada pela política do ‘deixa disso’. Ou então pelo histórico pessoal, marcado pela forma de sempre empurrar com a barriga os problemas que aparecem. É que a secretária de Educação teve o doutorado na USP pago pela secretaria, anos atrás. A condicionante para isso é que ela prestasse pelo menos dois anos de serviço para a população. Só que com dez meses pós-curso pediu a aposentadoria.

    O Tribunal de Contas DF correu atrás e conseguiu reparar o dano ao erário que o governo sofreu, fazendo com que a professora restituísse cada centavo aos cofres públicos. Da mesma forma, outras Côrtes já estão de olho nessa forma irresponsável e acéfala de gestão.

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