Conta de luz sobe mais que o dobro da inflação no mercado cativo

 

Nos últimos 7 anos, o aumento da tarifa do mercado regulado chegou a 237% da inflação; no mercado livre aumento foi 25% abaixo do IPCA;

Levantamento produzido pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia — Abraceel — mostra que, nos últimos 7 anos, a conta de luz teve ajustes de tarifas muito acima da inflação no período. A energia elétrica residencial teve um aumento médio anual de 16,3% entre 2015 e 2021, enquanto o IPCA teve uma variação de 6,7% ao ano, um aumento que representa cerca de 237% da inflação.

 

O material destaca ainda o quanto o valor da conta pesou no bolso do brasileiro nesse período. Os gastos com energia elétrica representaram 10,65% da variação do IPCA. Já no mercado livre, onde os clientes podem negociar contratos livremente com as empresas de energia, como comercializadoras, os preços oscilaram 25% abaixo da inflação no período. No momento, o livre comercio de energia é realidade apenas para clientes que consomem acima de 1.000 kW.

 

“Esse levantamento mostra como o consumidor cativo teve seus custos aumentados nos últimos anos e como a abertura do mercado livre a todos os consumidores poderia impactar de forma positiva a economia. A expectativa para os próximos anos não é diferente, pois ainda temos custos de 2021 que não foram repassados para as tarifas e provavelmente teremos outro aumento acima da inflação em 2022. Quando esse novo empréstimo ao setor elétrico começar a ser pago, impactará ainda mais as tarifas, o que significa que ainda vamos pagar por esse custo nos próximos anos. É urgente darmos liberdade de escolha ao consumidor”, explica Alexandre Lopes, vice-presidente de energia da Abraceel.

 

Em 2021, o IPCA teve uma variação de 10,06% enquanto a tarifa de energia elétrica aumentou 21,21%, representando um impacto de 0,98 pontos percentuais na inflação do ano.

 

A Abraceel

Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia defende o direito da livre escolha do fornecedor de energia elétrica, a chamada portabilidade da conta de luz, de gás natural e etanol pelos consumidores. Foi fundada no ano 2000 e atualmente conta com 106 empresas associadas, que comercializam 85% do volume de energia elétrica do segmento. Atua junto à sociedade em geral, formadores de opinião, órgãos de governo e legislativo, incentivando a livre competição de mercado como instrumento de eficiência na área de energia.

Nos últimos 16 anos, os consumidores do mercado livre de energia elétrica economizaram mais de 250 bilhões de reais nas contas de eletricidade. Nesse particular, merece destaque que os preços da energia no Mercado Livre foram em torno de 29% menores que as tarifas reguladas das distribuidoras no mesmo período. Atualmente esse mercado representa 34% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende a cerca de dez mil consumidores livres e especiais, que estão entre os maiores do país.

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