CONTROLE DA MÍDIA NO BRASIL PREOCUPA JORNALISTAS DOS EUA

 

Responsável pelo Código de Ética do jornalismo americano, a Society of Professional Journalists publicou em sua rede de blogs um artigo criticando a proposta de controle social dos meios de comunicação do Brasil .

Divulgado no blog “Journalism around the world”, o texto “Âncora brasileiro renuncia por pressão de censura de governador” exibe o vídeo em que o jornalista Paulo Behring se demite durante seu programa na TV Brasil Central, emissora do governo goiano, alegando pressão para não entrevistar o candidato do PSDB a governador Marconi Perillo, para lembrar as propostas de criação de controle social da mídia e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa.

“Os jornalistas brasileiros têm se sentido bastante orgulhosos de sua liberdade e independência”, escreve Dan Kubiske, jornalista residente no Brasil e integrante da SPJ. “Mas alguns políticos ainda não entenderam a mensagem”.

Kubiske defende que a discussão sobre o controle da imprensa deve ser acompanhada pelos Estados Unidos, por causa do peso do Brasil no cenário internacional, que torna importante para outros países se informarem sobre a situação interna, por notícias que não sejam controladas.

Ele repete trecho do editorial do jornal “O Estado de S. Paulo” que diz que controle social da mídia é um “eufemismo para subordinar o livre fluxo de informações” aos interesses do governo.

“O que acontece no Brasil afeta a economia dos Estados Unidos, e, em alguns casos, assuntos domésticos”, argumenta Kubiske. “Para o homem comum, qual é o país de origem do dono da Budweiser? Sim, o Brasil”, cita o articulista. “E para os planejadores do governo da Flórida, especificamente Orlando, que país atualmente manda o maior número de visitantes para a área? Sim, o Brasil”.

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