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    Crime do Conic: produtor do evento estava ou não no momento dos tiros?

     Isabela Oliveira com Redação do Extrapauta –

    Os investigadores que trabalham no caso do assassinato de Yago Si, no último domingo, no Conic, têm nas imagens das câmeras de segurança do local um dos principais pontos de partida para esclarecimento do crime. E  na primeira análise dessas imagens um homem cumprimentado pelo assassino segundos antes do crime foi identificado como sendo o produtor do evento palco do homicídio, Carlos Eduardo Pacheco Guimarães, conhecido como Kaká.

    Yago: vítima de assassinato no Conic

    No final da tarde de terça (4), Kaká foi ouvido pelo titular da 5ª. DP, Rogério de Oliveira e negou ser ele a pessoa que aparece na imagem. O produtor do evento garantiu que no momento do crime já estava em casa dormindo. O delegado, que já conhecia Kaká, foi um dos que acharam tratar-se do produtor a pessoa cumprimentada pelo suspeito do assassinato, identificado como Lucas Albo de Oliveira, e que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça mas até o momento ainda não foi localizado.

    Apesar de admitir que inicialmente Kaká foi identificado como um dos que aparecem na imagem do momento do assassinato, o titular da 5ª. DP disse ao Extrapauta:. “para o inquérito  atual  isso é irrelevante, até porque o fato ocorreu do lado de fora do evento”, destacou o delegado.

    Em entrevista por telefone ao Extrapauta Kaká voltou a negar que estivesse presente no Conic no momento do crime, e até usou como argumento a diferença de idade entre ele e o assassino.  “Tenho 38 anos e ele 23 (mesma idade da vítima). Não somos da mesma geração”, frisou Kaká, garantindo que sequer conhece o autor do crime.

    A polícia investiga também se o evento no qual ocorreu o crime estava com a documentação de funcionamento totalmente correta. A administração de Brasília emitiu uma nota ontem garantindo que todas as exigências foram cumpridas, mas ressaltou que algumas das vistorias são de responsabilidade de outros setores do GDF, como Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.

    Outro ponto checado pelos investigadores da Polícia Civil e que será confrontado com o alvará de realização do evento é se a Polícia Militar tinha ciência da festa que se estendeu até a manhã de domingo. Informações não confirmadas indicam que o alvará utilizado pelos produtores do evento não era específico para a data, o que pode ter dificultado o planejamento da PM para a região do Conic.

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