Em Cruzeiro (SP), a idosa Maria de Fátima Macedo Euzébio, de 64 anos, faleceu na última quinta-feira (14) diagnosticada com dengue, mas foi colocada entre os casos de mortes suspeitas de covid-19.
O resultado do exame saiu dias depois da morte, dando negativo para a doença. Nas redes sociais, o filho da idosa falou sobre sua revolta com o caso.
“Gostaria de compartilhar com todos o grande sofrimento que toda família passou, no falecimento da minha mãezinha, no cumprimento de um um protocolo mal conduzido”, publicou.
De acordo com ele, a perda foi um grande trauma. “Minha mãe vinha sofrendo com dengue, ficou debilitada, e acabou acometida de uma pneumonia, sendo necessária sua internação”, explicou o filho.
“Eis que quando recorremos à Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro, munidos dos exames e declarando a condição clínica da minha mãe, não nos deram nenhum direito à contestação, não nos deram a mínima atenção e por protocolo a internaram na área de isolamento com suspeita de COVID-19”, acrescentou ele.
Ainda conforme a publicação, em menos de 24 horas depois o falecimento foi confirmado e a declaração de óbito da Santa Casa saiu com registro de suspeita de COVID-19.
A idosa seguiu para sepultamento direto com caixão lacrado, sem que a família tivesse direito a um velório digno.
“Minha mãe não pode ser acompanhada por ninguém da família durante sua internação, direito que lhe assistia devido à sua idade. Minha mãe nos deixou com 64 anos. Tenho plena convicção que ainda estaria conosco se estivesse sido direcionada para ala comum e pudesse ser acompanhada por um familiar. Morreu sozinha, abandonada, da forma que mais temia, partiu sem direito a despedida, devido a um protocolo aplicado de forma incompetente. Lamentável, desumano, só agravou nosso sofrimento”, desabafou ainda o rapaz.
Com informações, Portal Cruzeiro
Fonte: terçalivre.com.br