A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB) promoveu uma reunião na tarde desta quinta-feira (26) para discutir sobre a situação da violência e as execuções do último fim de semana na Região Metropolitana de Belém.
Participaram do debate realizado no auditório Otávio Mendonça, na sede da OAB em Belém, o deputado federal Edmilson Rodrigues (Psol) e o deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
Curiosamente, nenhum dos representantes titulares das forças de segurança esteve presente. O delegado geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino de Sousa, foi representado pela delegada-geral adjunta Christiane Ferreira; já o delegado Raimundo Benassuly representou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Jeannot Jansen, além do comandante do Policiamento da Capital, Coronel Dilson Júnior, que representou o Comandante-Geral da Polícia Militar do Pará, coronel Roberto Campos.
O presidente da OAB – Seção Pará, Alberto Campos, ressaltou que o Estado precisa colocar em prática as medidas sugeridas no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, instalada na Alepa, apresentado em 2015 aos órgãos que compõem o Sistema de Segurança do Pará.
Sobre as investigações das mortes, o delegado Raimundo Benassuly disse que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) adotou todas as medidas cabíveis para que os crimes sejam elucidados.
Pai de policial morto protesta durante a reunião:
A aparição de Rodinaldo Sinezio Costa, pai do soldado Rafael Silva da Costa, de 29 anos, que pertencia à Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), da Polícia Militar, gerou tumulto no local. Indignado, Rodinaldo se pronunciou durante a fala do titular da Sejudh, Michel Mendes, ao afirmar que o filho era um trabalhador e que está “sendo tratado como estopim de uma guerra que já existe”.
Desfecho do debate
Ao final da reunião, o presidente da OAB declarou que, a partir das contribuições colhidas, será elaborado um relatório para ser encaminhado ao Governo do Estado, cobrando a implementação de medidas com intuito de combater a violência instalada na RMB.
(Com informações de Pryscila Soares / Diário do Pará)
Fonte: Blog do Poliglota