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    Dia dos Namorados: comemore prevenindo-se das infecções sexualmente transmissíveis

    A regra é usar camisinha e proteger a pessoa amada das ISTs

    JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE

    Celebrado nesta sexta-feira (12), o Dia dos Namorados é uma data especial repleta de romantismo e de comemorações. E não existe prova maior de amor e cuidado do que proteger o parceiro ou parceira. Por isso, o uso da camisinha é essencial nas comemorações, tendo em vista que o preservativo é o método mais eficaz para evitar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

    Além de evitar a transmissão das IST, do HIV/Aids, da sífilis e das hepatites virais B e C, a camisinha (interna e externa), serve também para evitar uma possível gravidez indesejada.

    “É importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez. No entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha. Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz.

    A orientação para quem quer evitar uma gravidez inesperada é que, sempre que possível, o casal realize dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha. A camisinha interna ou externa pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde do DF.

    Outra forma de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis é a prevenção combinada, que abrange diversas ações.

    “O uso da camisinha externa ou interna, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B. Além disso, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV), redução de danos, entre outros, são prevenções combinadas”, afirma.

    NÚMEROS – Segundo os dados da Secretaria de Saúde, foram registrados, em 2019, 1.071 casos novos de HIV e AIDS no Distrito Federal. Verificou-se aumento significativo, de 2018 para 2019, nas faixas de 50 a 59 anos (29%), de 40 a 49 anos (13%) e de 20 a 29 anos (10%).

    Também houve um crescimento de casos na faixa de 15 a 19 anos, que em 2015 representava 3,9% do total de casos daquele ano e em 2019 passou a representar 11,6% dos casos. Em todos os anos há predomínio de casos masculinos em relação aos femininos.

    A sífilis também se mostra em níveis preocupantes. Em 2019, foram cerca de 2.163 casos novos de sífilis, mostrando um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. As faixas etárias com maior número de casos são as de 20 a 29 anos (37,9%) e de 30 a 39 anos (23,8%). Ainda, há de se considerar a importância da abordagem e prevenção das outras IST, tais como as hepatites virais (B e C), HTLV, gonorreia, condiloma e o HPV (principal causa do câncer de colo de útero). Vale lembrar que há vacina disponível para prevenção da hepatite B nos serviços públicos de saúde.

    TRANSMISSÃO – As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada.

    “O controle das IST não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde”, observa Beatriz.

    Segundo a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, as parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada.  Além disso, é possível fazer a Profilaxia Pós Exposição (PEP), que deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante onde possa ter havido contato com o vírus.

    O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível nas emergências dos hospitais regionais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

    Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

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