
“Com Arruda, havia corrupção, mas a casa estava em ordem; do governo Rosso, não ficou memória da administração, apagaram tudo”, justifica Vigilante (foto). O deputado conta que as despesas do Governo do Distrito Federal (GDF) estão a ponto de estourar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que obrigou o governador a suspender concursos e contratações.
A desorganização administrativa é apenas um dos problemas de Agnelo. Segundo Vigilante, ele não tem controle de sua base de sustentação na Câmara Distrital. Em tese, Agnelo teria o voto de 19 dos 24 distritais, mas na prática pode contar apenas com os 5 petistas e Evandro Garla, do PRB, que realmente são leais ao governador. Os outros votos da base são negociados pontualmente. “Na Câmara, temos deputados de 17 partidos diferentes e o DF é um Estado parlamentar, tudo que o Executivo pretende fazer tem que obrigatoriamente passar pelo Legislativo. Isso cria um problema enorme para o governo”, afirma Vigilante. Segundo ele, partem dos aliados as principais críticas que Agnelo vem recebendo: “É o fogo amigo”.
Na opinião do deputado Roney Nemer (PMDB), algumas áreas da administração estão “se ajeitando”. Ele cita a Secretaria de Desenvolvimento Social, comandada por Arlete Sampaio. Ele concorda que seu correligionário Rogério Rosso deixou uma herança maldita que Agnelo está tendo dificuldade para organizar. “A impressão que se tem é que o governo de transição não passou as informações corretas sobre a situação e só agora o governador está tomando pé da situação.” Informações do Jornal Opção, Goiânia.