O que poderia ser considerado um grande feito do mandato do secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, pode se tornar um tiro no pé.
Sem diálogo prévio com atores estratégicos do processo, o Ibram propôs a criação de um parque ecológico e um monumento natural que sobrepõe áreas consolidadas de ocupação.
Ao invés de deixar um legado, Sarney irá deixar um cenário de conflitos socioambientais e fundiários agravados em uma região ambientalmente sensível do Distrito Federal.
A poligonal definida para as novas áreas de preservação ambiental sobrepõe centenas de casas de parte da população que trabalha voluntariamente há anos na preservação da região.
A mudança foi feita, entre outras coisas, para adequar o planejamento da ocupação da região à construção de novos bairros de alta densidade demográfica, que vem sendo apontados como vilões, especialmente para a preservação dos recursos hídricos da região: os bairros Taquari II e Taquari III.
