É na escola que começamos a pensar em maneiras de mudar o mundo


* Arlete Sampaio
No dia 15 de outubro, comemoramos o dia do professor e da professora. Não tenho dúvidas de que essa deve ser uma data que, para além da celebração de uma das mais importantes atividades na sociedade, sirva também para reflexão do papel do (a) educador(a) dentro da escola e fora dela.

Então, quero, primeiro, parabenizar a todas e a todos que se dedicam diuturnamente à tarefa de educar, a todos (as) que fazem da sua vida um ato maravilhoso de ensinar, de aprender, de produzir, de inventar, de construir, pois, como já dizia Paulo Freire, “a educação sozinha não transforma a realidade, tampouco sem ela a sociedade se transforma”. E são vocês que contribuem para, juntos, caminharmos e transformarmos nossa sociedade.

Quem educa vive de sonho. Sonho de um mundo melhor. Sonho de todas as crianças na escola. Sonho de educação de qualidade. Sonho de ser valorizado em sua profissão. No entanto, não basta apenas termos milhares de sonhadoras (es) em nossas escolas. É preciso combinar esse sonho com políticas públicas capazes de colocar a educação no centro das prioridades do País.

Para isso, alguns avanços são importantes para que seja possível a materialização desses sonhos. A propósito, no Congresso Nacional, tramita o Plano Nacional de Educação, e a aprovação dos 10% do PIB para a educação é fundamental para construirmos as mudanças que interessam à maioria da população brasileira. No Distrito Federal, a reconquista da Gestão Democrática que o povo do Distrito Federal havia perdido desde o último governo do PT na cidade, é um mecanismo importante para a consolidar a participação do povo nos rumos da escola e da educação.

Portanto, a escola que temos não é igual à escola que sonhamos. E algo precisa ser feito: É necessário aprofundarmos o debate sobre o Plano Distrital de Educação. É com ele que vamos garantir o financiamento necessário para termos uma educação de excelência no DF, seja equipando e transformando as escolas com instrumentos de produção do saber e verdadeiros espaços de efervescência cultural, pedagógica, esportiva, tecnológica, seja garantindo a todas (os) professoras (es) salário dígno, carreira respeitada, formação continuada e condições de trabalho que estejam de acordo com a necessidade e a importância das(os) educadoras (es) na sociedade. É com currículo construído coletivamente com os (as) educadores (as) que teremos a oportunidade de garantir um projeto político e pedagógico capaz de reencantar as crianças, jovens e adultos, bem como fazer com que toda a comunidade escolar confie que o processo educativo nas escolas seja capaz de resgatar a utopia de transformação da realidade.

Apesar de tudo, acredito que hoje é um dia muito especial. Dia de lembranças alegres e felizes recordações. Quero, pois, compartilhar alguns desses sentimentos que nos faz ter tanto carinho pela escola e pelos (os) professoras (es). E que nos ajudam a exemplificar por que Paulo Freire tinha razão, já que na escola aprendemos a ler, escrever e descobrir o mundo. Na escola começamos a nos relacionar com o mundo e fazer grandes amigos. É, por vezes, na escola que nos apaixonamos pela primeira vez. É na escola que aprendemos a torcer por aquilo que consideramos o melhor. É na escola que aprendemos a amar. É na escola também que aprendemos a cair e depois levantar. É na escola que sonhamos com nosso futuro, que nos engajamos em causas diversas, que sonhamos com um mundo melhor, mais justo e mais fraterno. É na escola que começamos a pensar em maneiras de mudar o mundo.

É na escola que conhecemos você: professora e professor.

Meus parabéns!

* Arlete Sampaio é deputada distrital pelo PT-DF

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