“É uma faxina na política do DF”, afirma Eric Seba, diretor-geral da Polícia Civil, ao CB.Poder

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O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Eric Seba, é o entrevistado da semana do programa CB.Poder. Durante a conversa, que foi ao ar na TV Brasília, Seba tratou sobre os dois assuntos que monopolizam as atenções no cenário político da capital: a greve dos policiais civis e a Operação Dracon. Seba falou sobre as investigações realizadas em parceria com o Ministério Público, que tiveram como alvo deputados distritais e servidores da Câmara Legislativa.

 

“É uma faxina na política do DF. Estamos construindo essa parceria com o Ministério Público e com o Poder Judiciário porque  não podemos mais permitir a falência do Estado com condutas não republicanas. Enquanto poucas pessoas estão enriquecendo, muitas outras estão morrendo”, comentou Seba. “Se desdobramentos ocorrerem no Executivo, pode ter certeza de que perseguiremos todos aqueles que forem citados. O governador em momento nenhum se manifestou contra qualquer tipo de operação”, acrescentou. “Temos hoje três ou quatro investigações em fase final para serem desencadeadas”, revelou.

 

Eric Seba falou sobre a greve dos policiais civis, que lutam pelo reajuste salarial equivalente ao concedido à Polícia Federal. Os servidores da PF terão aumento de 37%, em três parcelas. “Enfrentamos o sucateamento da Polícia Civil, o baixo efetivo, mas nem por isso nos deixamos abater. Receberíamos agora o alento com o reajuste paritário, que é legal e é histórico. E aí vemos isso ser negado”, reclama o diretor-geral da instituição. “Isso interfere na qualidade de vida dos servidores. Com entrega de chefia, pela primeira vez os policiais civis dizem ‘chega’”, comentou o delegado.

 

Ele também falou sobre a guerra que policiais civis e militares travam nos bastidores. A PM exige o repasse do mesmo reajuste que for concedido à PCDF. “Não me parece ser justo e correto fazer esse atrelamento”, frisou Eric Seba. “Uma das marcas que sempre tivemos na segurança do DF foi a integração. É injusto alguém dizer que é melhor que outro nesse contexto. Nós nos complementamos. É preciso ter respeito das funções institucionais”, acrescentou. “Me dói muito que essas pessoas estejam sendo levadas a um conflito por inabilidade.  Algumas pessoas que se acham pensadoras, que se acham conselheiros dentro das instâncias de poder, que elas estejam dando uma conotação diferente da que deveria ser dada”.

 

 

 

 

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