A atual eleição na OAB-DF já nasce marcada por uma manobra vergonhosa que insulta os próprios alicerces da advocacia e mancha a imagem da instituição que deveria proteger os direitos dos advogados. Em pleno 2024, presenciamos um cenário em que a comissão eleitoral, de forma humilhante e desorganizada, submete profissionais a um julgamento arbitrário da cor de sua pele.
O caso da Dra. Hellen Cristine é o exemplo perfeito desse circo de horrores. Convocada para uma audiência onde sua autodeclaração de raça seria “verificada”, Dra. Hellen, assim como outros profissionais, foi desrespeitada ao extremo. Pontualmente na hora marcada, a Dra. Hellen enfrentou o desprezo do sistema que deveria acolhê-la.
Ficou esperando por 40 minutos apenas para ser informada de que a audiência havia sido cancelada. Quem paga a conta de uma situação absurda como essa? Certamente não é a comissão eleitoral, cujos membros, com toda a pompa, só conseguiram demonstrar despreparo e desprezo pelos advogados que dizem representar.
Esse ‘espetáculo’ de ineficiência, no entanto, parece longe de ser um simples erro ou um caso isolado. Com candidatos sendo convocados em cima da hora, tendo suas autodeclarações de raça questionadas sem qualquer critério claro e audiências canceladas
sem a mínima consideração pelos compromissos dos profissionais, fica evidente que a intenção é uma só: tumultuar o processo e beneficiar o candidato Paulo Maurício “Poli”. Coincidência? Ou uma estratégia cuidadosamente orquestrada para transformar o jogo
eleitoral em uma competição desigual?
A humilhação e o constrangimento que essa comissão impôs a advogados como Dra. Hellen Cristine são um golpe baixo, um atentado à dignidade de uma classe que luta diariamente para defender os direitos alheios. Se é assim que a OAB trata seus próprios advogados, o que esperar que faça por seus clientes e pela sociedade? A comissão eleitoral brinca com o tempo e a paciência dos advogados, num teatro de injustiça que parece favorecer interesses particulares. E o mais revoltante é que esse processo, que deveria ser a expressão máxima de respeito e transparência, virou palco de uma manobra descarada de
manipulação e favorecimento.
A advocacia merece respeito. Se a própria OAB não é capaz de garantir isso, quem poderá fazê-lo?