A esquerda, que tomou conta da OAB nacional há alguns anos, não deseja largar o osso sob nenhuma hipótese e a seccional do Distrito Federal segue a mesma linha.
Presidida há longos 6 anos pelo advogado Délio Lins, que conseguiu emplacar nas últimas eleições da Ordem seu secretário-executivo para sucedê-lo, Paulo Maurício (Poli), pode ter deixado rastros que teriam supostamente comprometido a lisura das eleições ocorridas em novembro
A empresa Webvoto Tecnologia em Eleições foi contratada para realizar a eleição on-line da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal. Chama atenção o fato da advogada Caroline Venturoli, filiada à OAB-DF, ser sócia da Webvoto com mais quatro pessoas. Essa empresa sozinha fez para todos os 27 estados.
É notório no DF que boa parte de advogadas e advogados atualmente são conservadores, e que a rejeição ao grupo de Délio Lins é gritante na cidade, por estar há 6 longos anos sem defender – como se esperava – as prerrogativas da classe.
Mas alguns fatos curiosos chamaram atenção dos candidatos de oposição ao grupo de Délio e Poli, que já preparam uma enxurrada de denúncias para que sejam devidamente apuradas pelos órgãos competentes nos próximos dias.
Segundo informações, ao menos dois adversários que concorreram à presidência da OAB-DF nas eleições de novembro, preparam a formalização de denúncias para que sejam investigadas e, caso comprovadas, que a eleição da chapa de Poli seja anulada e que ocorram novas eleições.
Um ato considerado suspeito, foi a ida inesperada de três diretores da OAB-DF à sede da Ordem na manhã de segunda-feira (18), um dia após as eleições que consagraram Poli presidente.
Em todo o Brasil, dos 27 estados, somente 3 renovaram seus respectivos presidentes da OAB: Pará, Espírito Santo e Piauí.
É preciso mesmo investigar essa eleição on-line da OAB nos estados.