ELIANA NO COMANDO

deu no blog do RENATO RIELLA

Políticos considerados experientes botam tudo a perder, por vaidade, ansiedade ou gula. É o caso da deputada distrital Eliana Pedrosa (DEM), que tenta lutar contra a ameaça de intervenção federal no DF, mas só estraga tudo.

Todo mundo sabe que a sua atuação política é misturada com interesses empresariais, desde a origem. Este é um mal que destruiu políticos de muito futuro, como Luiz Estevão, Paulo Octávio, Leonardo Prudente, Vigão e muitos outros do DF.

A excessiva aproximação de Eliana com o governador interino Wilson Lima (PR) pode até ser provocada por idealismo, mas será sempre vista como interesse empresarial. E justamente Eliana aparece em entrevista na CBN para garantir que está tudo combinado na Câmara: quando Arruda renunciar, a eleição indireta vai manter Wilson Lima como governador até 31 de dezembro. Só faltou combinar com os outros 23 distritais…

Ontem, na visita ao ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, para protestar contra a ameaça de intervenção, estava Eliana Pedrosa e outro deputado cuja atuação se confunde com negócios empresariais: Cristiano Araújo, do grupo Fiança. Junto com esses dois, foi o atual presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício, a quem o procurador geral da República, Roberto Gurgel, dedicou um capítulo de suspeição no duríssimo documento em que pede a intervenção no DF.

Para completar, leio no Blog do Donny Silva que o irmão de Eliana Pedrosa, Eduardo Pedrosa, anda rondando o gabinete do governador Wilson Lima, o que amplia o grau de comprometimento da deputada que parece estar dominando a situação na Câmara.

Sendo assim, as autoridades federais passam a entender que a intervenção pode mesmo sair. A propósito, o deputado Cabo Patrício, depois de audiência ontem com o presidente da Câmara Federal, Michel Temer, fez igual a Paulo Octávio após ser recebido pelo presidente Lula: disse o que o outro não disse.

Michel Temer não poderia afirmar ser contra a intervenção federal. Ele apenas comentou os reflexos da intervenção no funcionamento do Congresso Nacional. Se preciso, o instrumento será adotado. Esta é a verdadeira afirmação.

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