Enquanto isso, na Câmara Legislativa do DF…

 

A caixa-preta dos supersalários

 

O GDF e o Tribunal de Justiça divulgam nominalmente os salários de seus servidores há mais de um ano. Entre os três poderes de Brasília, apenas a Câmara Legislativa descumpre a Lei de Acesso à Informação e permanece como uma caixa-preta.

 

A Casa publica os vencimentos associados à matrícula dos servidores, o que inviabiliza qualquer pesquisa. Na lista, é fácil verificar que há funcionários com supersalários, mas não é possível saber quem são os beneficiados com os polpudos contracheques.

 

Duas Dilmas

Na última folha de pagamento da Câmara Legislativa, há um consultor técnico legislativo da Unidade de Redação Parlamentar que recebeu R$ 50.927,23 — praticamente o dobro do contracheque da presidente Dilma Rousseff no mesmo mês, que foi de R$ 26.723,13.

 

Na Diretoria de Administração e Finanças, outro consultor teve vencimentos de R$ 48.346,23. No Setor de Benefícios, um técnico legislativo, cargo de nível médio, teve salário de R$ 36.950,99, valor 60% superior ao contracheque do governador Agnelo Queiroz. Quem são eles? Esse segredo está guardado a sete chaves, por pressão dos sindicatos e funcionários.

 

Discussão na mesa diretora

O presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), admite que a Casa não fez avanços suficientes no quesito transparência e faz um mea culpa. “Reconheço que deveria ter cobrado mais a aprovação dessa divulgação de salários.

 

Assumo minha responsabilidade e faço uma auto-crítica de que estamos atrasados”, afirma o presidente. Ele garante que levará o tema para a Mesa Diretora. “Vou apresentar em breve uma proposta determinando a publicação nominal dos salários. Existe uma resistência, mas precisamos vencer isso”, acrescenta Wasny.

 

 

Fonte: Coluna Eixo Capital/Correio Braziliense

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