Ex-atletas ou dirigentes tentam, pela 1ª vez, ocupar vaga como distrital

15 candidatos ligados ao esporte tentam uma conquista inédita: nunca um representante de qualquer modalidade esporte ocupou uma das cadeiras da Câmara Legislativa. Entre os obstáculos está a falta de organização formal, como um sindicato

Almiro Marcos

Eles ganharam títulos, ficaram conhecidos e, agora, pretendem usar a força do nome para conquistar uma das 24 cadeiras na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Oriundos das quadras, dos campos ou das pistas, os 15 candidatos que carregam a bandeira do esporte esperam cativar o eleitor no pleito de 5 de outubro e, de quebra, fazer história: nunca um representante do segmento ocupou uma vaga na Casa. E, apesar das diferenças partidárias, todos são unânimes em defender o esporte como meio de inclusão, principalmente nas comunidades carentes.

Uma das mais conhecidas aspirantes a parlamentar é a ex-jogadora de vôlei Leila (PRB), detentora de diversos títulos com a camisa da Seleção Brasileira. Nascida e criada em Brasília, ela pretende promover uma aproximação das secretarias do Esporte e da Educação, caso seja eleita. “Essas duas pastas não podem andar separadas. Precisamos de escola integral no contraturno, onde os alunos possam praticar atividades físicas”, disse Leila, que promete se empenhar em fazer sair do papel pelo menos mais 10 centros olímpicos.

Quem também representou o Brasil nas quadras no início da década de 1980 em diversos torneios e agora tenta a sorte na política é Marta Lima (PSB). Obrigada a abandonar o vôlei por causa de um câncer no cérebro, ela passou a trabalhar como dirigente. Por 18 anos, ocupou a Diretoria de Eventos Esportivos do Ginásio Nilson Nelson. Se eleita, pretende trabalhar junto aos colegas da Câmara dos Deputados para fazer com que os recursos destinados ao esporte de base sejam mais bem geridos. “Em 2013, o Ministério do Esporte arrecadou mais de R$ 5 bilhões somente em jogos da Loteria Federal. Temos de elaborar leis que assegurem que esse dinheiro seja usado corretamente”, afirmou.

Dos campos
Mesmo sem times de expressão nacional, Brasília também conta com candidatos que fizeram carreira nos gramados. O mais conhecido deles é Iranildo (PMDB). Apelidado de Chuchu, despontou no Botafogo, onde conquistou o campeonato Brasileiro de 1995. Após algumas passagens pela Seleção Brasileira, transferiu-se para o Flamengo, onde jogou por quatro anos. Chegou ao Brasiliense em 2003 e, entre idas e vindas, permaneceu como maior astro da equipe até 2013. No seu programa de governo, Chuchu se apresenta como “a voz do esporte na Câmara”.

Menos conhecido do que Iranildo, Wilson Salon (PR) entende que o incentivo ao esporte traz consequências positivas para a saúde, a segurança e a educação. “Um adolescente que pratica esporte fica menos doente, fica menos exposto ao submundo do crime e se compromete mais com a escola. Então, a minha ideia é trabalhar para construir mais vilas olímpicas e instituições de práticas esportivas e palestras educacionais”, destacou.

Debate
No próximo dia 17, às 19h, os 15 candidatos ligados ao esporte participam de um debate no Teatro do Sindicato dos Bancários. Pretendem expor suas propostas para um público formado por atletas, professores de educação física e outros profissionais ligados ao esporte.

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