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    EXCOGITAR PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS DE PO

    O presidente do DEM, Paulo Octávio, é um homem que parece olvidar. E fez eructar, nos últimos anos, sua verborragia em torno do que chamou de utopia, o sonho de alguns companheiros de seu próprio partido, de crescer políticamente nas próximas eleições. Vamos excogitar: PO era conhecido como o empresário amigo de infância de Collor, que se apoiou no ex-governador Joaquim Roriz e foi eleito deputado federal e depois senador. Em 2006, teve a mesma recaída de Arruda (que quando era também senador decidiu ser candidato ao GDF em 1998, tendo ficado atrás de Roriz e de Cristovam naquela eleição) e decidiu se candidatar ao governo do Distrito Federal. Porém, após ter sua foto estampada na capa de uma importante revista semanal com o seguinte título: O GOLPE DO SENADOR, teve sua campanha abalada e acabou por desistir graças ao trabalho desmodontídeo de Arruda, que lhe sugou a pretensão no então PFL, hoje DEM. Resultado: Paulo Octávio fez um acordo e desistiu de sua candidatura ao GDF, mas acertou para ser vice de Arruda. O DEM ganhou as eleições em 2006, por uma pequena margem de diferença. Mas a síndrome da palavra não cumprida de PO impregnou-se assim que tomou posse como vice governador. Além de ter deixado companheiros “na mão”, após ter feito um acordo com Arruda sem tê-los consultado em 2006, PO fez ainda acordos com Brunelli, Fraga, Rodovalho e Adelmir Santana e não os cumpriu. É notório a falta de, digamos, lealdade com os companheiros no Democratas. Só que cada atitude política da executiva de um partido, conduz a uma reação, que muitas vezes se transforma em oposição sistemática ao ex-grupo político. Paulo Octávio parece ter se esquecido de que não chegou ao Buriti, juntamente com Arruda, por seus próprios votos e méritos. Foi um conjunto de fatores que favoreceu o DEM naquele momento. Muitos candidatos tiveram de convencer eleitores a votar na dupla dinâmica (simplesmente por falta de candidato!) mesmo sabendo que não eram de confiança. Quem não se lembra da humildade da dupla ao pedir votos na TV? Porém, assim que tomaram posse voltaram a ser como antes: arrogantes e distantes daqueles que comprovadamente colaboraram para a vitória. Quando vejo vídeos com Arruda e PO em templos evangélicos fazendo promessas que jamais foram cumpridas, fico imaginando como será o futuro de homens que não cumprem palavra. Na Bíblia Sagrada, encontramos muitos exemplos de homens poderosos que se tornaram em nada devido ao pecado da mentira, da soberba e do engano. O político que acha que pode enganar o povo e aos demais companheiros por todo o tempo assina o próprio atestado de burrice. A história nos mostra que, em política, a arrogância tem prazo de validade de quatro anos e deixa sequelas no sobrenome pelo resto da vida. E quando o povo não os troca, os maus políticos acabam por tropeçar em seus próprios passos e desfalecem no caminho. Fechar as portas para quem teve milhares de votos, como Brunelli, por exemplo, é tentar frear a renovação e a ampliação do legítimo direito do político de crescer na vida pública. Por quê só a “panelinha verde” pode crescer? Na verdade, tanto Paulo Octávio quanto Arruda, não esperavam que Brunelli fosse o deputado distrital mais votado do DEM em 2006. Brunelli cresceu mais que o DEM e quando firmou sua disposição de ser candidato a senador, acabou por ser negligenciado pelo próprio partido, e renegado por seus mais ilustres representantes, ávidos por desprezar aliados de primeira hora em troca de projeção nacional. PO é um empresário de visão e por este motivo, deveria ter a visão do respeito e do reconhecimento àquele que deseja crescer na vida pública, como ocorreu com o deputado Brunelli, que não lhe restou outra alternativa a não ser sair do DEM e ingressar no PSC de Roriz, onde encontrou abrigo seguro e o devido reconhecimento às suas intenções de crescer no cenário político local. Tentar impedir um jovem líder político, com dois mandatos de deputado distrital e com uma votação extraordinária em 2006, de tentar ser senador em 2010, demonstra a nódoa cabal do resultado da soma de vaidades que envolve o DEM, além de ser inequivocadamente uma atitude infantil dotada de maldade adulta e desrespeito a Brunelli e aos seus eleitores que também – a pedido do deputado – votaram no governador e no vice do DEM para o governo do Distrito Federal. Certamente o eleitor saberá discernir o joio do trigo, e também saberá refletir nas urnas sua revolta. Afinal, Brunelli foi traído pelo presidente regional do DEM, o vice governador Paulo Octávio, que recentemente tomou a decisão de pedir na Justiça, o mandato do distrital, mesmo após ter feito um acordo de não fazê-lo. Já no PSC, Júnior Brunelli encontrou aquilo que não mais tinha no DEM: a liberdade de crescer e o respeito aos seus eleitores. É de conhecimento público, que foi com a ajuda de Roriz que Arruda, Luiz Estevão, Paulo Octávio e Gim se tornaram senadores. E nestes últimos três anos, o DEM tem insistido em esconder a popularidade do velho cacique e têm tentado desqualificar a importância política de Brunelli no cenário político local. Paulo Octávio é ainda muito melhor empresário do que político. Sem Roriz e sem Arruda, o que seria dele? Já o DEM tem muito cacique pra pouco índio. E para completar, Roriz quer fazer de Brunelli o próximo senador. Alguém duvida?

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    Deve ler

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