Feitos de palhaços, engenheiros vão à Justiça para reconstruir imagem de um Confea sério

confea

No circo armado por integrantes da Comissão Eleitoral do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), um milhão de engenheiros foram feitos de palhaço. Mas em vez da plateia, o grupo de espectadores se resumiu a conselheiros maquiavelicamente orientados.

Depois de mais de 20 horas de reunião, o colegiado negou na madrugada deste sábado 18 recurso de três chapas (São Paulo, Minas Gerais e Brasília) que concorreriam à presidência da entidade. Com a decisão, permanece na corrida apenas seu atual presidente – licenciado para a disputa -, José Tadeu da Silva.

A comissão tinha a missão de analisar nesta sexta-feira, 17, os recursos impetrados pelos postulantes ao Confea e conselhos regionais de engenharia que tiveram suas candidaturas impugnadas.

Mas tudo não passou de farsa. Todas foram indeferidas. Ficaram apenas as candidaturas do próprio José Tadeu (Confea) e de seus aliados nos conselhos regionais. Há algumas semanas, Notibras, ao perceber indícios de fraude, começou a acompanhar com lupa o tendencioso processo eleitoral.

Ainda esta semana denunciou-se um plano traçado por José Tadeu para tirar do seu caminho pessoas que não aceitam seu jeito de administrar. E que condenam a nomeação de uma comissão eleitoral encarregada por rasgar a legislação e nortear as eleições ao bel prazer de Tadeu, que tenta por todos os meios se manter à frente da entidade.

Agora resta aos candidatos e seus respectivos advogados recorrerem à Justiça Federal. Segundo um advogado ouvido por Notibras, que preferiu não se identificar, há a possibilidade de se ingressar com um Mandado de Segurança ou com uma Ação Ordinária com Pedido de Tutela. Este último caso é o mais indicado por ter instrução processual e produção de provas.

Provas principalmente contra José Tadeu, que nos últimos dias foi condenado em 31 das 33 ações a que responde na Justiça. A título de ilustração, basta lembrar que a Justiça Federal em São Paulo acaba de determinar o bloqueio de 15 milhões dos seus bens, para ressarcimento dos cofres públicos em condenação por improbidade administrativa.

Elton Santos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui