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    Fica completa 25 anos com a maior programação de cinema da história

     

    Edição bateu recorde de inscrições e de parcerias com instituições nacionais e internacionais

     

    GOIÁS – O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) chega a sua 25º edição com uma programação ampliada e com mais penetração no cenário nacional e internacional. O evento, que celebra 25 anos de existência este ano, mais que dobrou o número de inscrições de filmes e artistas, aumentou significativamente as parcerias dentro e fora do Brasil, e ainda trouxe ações de sustentabilidade para fazer do Fica um evento de carbono zero.

     

    As mostras competitivas receberam 1078 inscrições de 77 países de 5 continentes, e ainda de 26 estados brasileiros, o que mostra a credibilidade e o crescimento do festival. Estão sendo exibidos mais de 100 filmes exibidos, 40 paineis e debates, 6 conferências, 20 shows, dezenas de apresentação artísticas, 18 oficinas e minicursos, 3 exposições, e muitas outras atividades.

     

    Mas chegar até esse momento não foi tarefa fácil, como explica a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. O festival, que é realizado pelo Governo de Goiás, teve que ser interrompido em 2019 devido às dívidas no setor cultural deixadas pela gestão anterior, que somavam mais de R$ 58 milhões. “Havia dívidas com fornecedores e muitos problemas que deixaram um rastro de descrédito muito grande em relação ao Fica. Não havia condições de realizar o evento naquele momento, mas organizamos as contas, pagamos todas as dívidas e conseguimos retornar com o evento em 2020”, ressalta.

     

    Em 2020, foi realizada uma edição totalmente online por conta da pandemia com o investimento de R$ 275 mil. Em 2021, foi a vez de uma edição híbrida (online e presencial), com recursos que somavam R$ 1,5 milhão. No mesmo ano, ainda foram pagos R$ 776 mil a fornecedores do Fica realizado na gestão anterior.

     

    Já em 2022 o Fica volta a ser um evento totalmente presencial e contou com o aporte de R$ 5 milhões do governo estadual. “Tudo mudou porque agora, antes mesmo de começar o evento, todos os recursos já estão depositados na conta. Não temos dívidas, não damos calote e começamos a organizar melhor o festival, com mais planejamento, seriedade e sensibilidade, o que gerou o aumento de confiança entre fornecedores e a classe artística”, conta Yara.

     

    Em 2023 foi firmado um convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação de Rádio e Televisão Educativa (FRTVE), para a correalização do festival com o objetivo de trazer desburocratizar a gestão dos eventos e dar a eles um caráter de política pública voltada para o setor cultural. “Realizamos agora diversos estudos para direcionar melhor os recursos e atender às diversas demandas dos artistas e também da cidade de Goiás”, frisa a secretária.

     

    O aporte financeiro para o evento em 2023 foi de R$ 4,4 milhões. Para a edição de 2024, o investimento para o festival é R$ 5,4 milhões. No total, até o momento, mais de R$ 17 milhões em recursos foram destinados ao festival entre os anos de 2019 e 2024.

     

    Sustentabilidade

    O Fica chega aos seus 25 anos com a edição mais sustentável de sua história. Este ano, diversas ações em prol do meio ambiente foram implantadas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais na cidade de Goiás, que é tombada como patrimônio cultural e imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    O Fica 2024 é considerado um evento carbono zero. Ou seja, toda a emissão de gases de efeito estufa emitidos durante o evento serão compensadas com o plantio de árvores após o festival.

     

    A nascente do córrego Chapéu de Padre também está ganhando uma revitalização nesta edição com limpeza, plantio de espécies nativas do Cerrado e ações de recuperação do local. Essa iniciativa ainda terá continuidade após o festival com atividades de sinalização da área e acompanhamento do desenvolvimento das plantas.

     

    Para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, estão sendo utilizados carros elétricos pela equipe de produção do festival, em parceria com a Saga BYD. Ainda há coleta seletiva dos resíduos sólidos descartáveis que está sendo realizada pela cooperativa de catadores de lixo da cidade, a Recicla Tudo.

     

    Também foram distribuídos 100 pares de lixeiras na cidade, com destinação para lixo orgânico e reciclável. Posteriormente, essas lixeiras serão entregues às escolas do município para conscientizar as crianças e adolescentes sobre o descarte correto do lixo.

     

    Outra iniciativa inédita do Fica 2024 é a realização do 1º Fórum Infantil sobre mudanças climáticas, que contou com a participação de mais de 300 estudantes vilaboenses da rede pública e privada. Foram desenvolvidas diversas atividades educativas nas escolas e o resultado das discussões é uma carta que será entregue para o governador Ronaldo Caiado na cerimônia de encerramento, que será realizada neste domingo (16/6), às 10h, no Cine Teatro São Joaquim.

     

    Evento multicultural

     

    O Fica 2024 conta com uma vasta programação gratuita, com mostras competitivas, debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional, atividades de cunho ambiental e atrações culturais.

     

    O festival é uma realização do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em correalização com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (RTVE). O evento segue com programação na cidade de Goiás até o próximo domingo (16/06).

     

    O 25º Fica conta com apoio do programa Goiás Social; das secretarias de Estado da Retomada; de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Saneago; Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG); Serviço Social do Comércio (Sesc) e Prefeitura da cidade de Goiás. Este ano o evento também tem como apoiadores a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), The Nature Conservancy, MapBiomas, Museu Nacional dos Povos Indígenas/Funai, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Grupo Kelldrin e Saga BYD.

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    Deve ler

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